Então de tão neutro e pacificado,
Pouco me importa se aqui ou lá
Se neste mundo verdadeiro não existe
Nem mundo nem espaço.
Sou absoluto apesar de minha solidão,
Apesar de minhas frases ecoarem pelo ar
E não serem escutadas ou baterem na parede
Tão baixinha...
Sou amor, sou liberto, já estou onde desejo então
E aspiro e almejo, não precisando para tanto
De aviões a diesel e carros soltando tóxicos,
Borrachas queimadas de indústrias.
Sou absoluto e de todas as criaturas,
Peixes, preás, cães, pinheiros, homens
(--- A aceita água),
Sem ser de nada dono ou dominador,
Amigo sou. Enquanto aqui estiver,
Mesmo nesse saco que não é bagagem de ida sem
Volta! Mesmo nesse cerebrozinho limitado.
Até que um dia --- O Grande Dia da Paz! ---
Eu me vá para a estrela uma dia ouvida,
Relembrada, tão sonhada e que é minha casa.
Casa de amor.
Ah, mortezinha de necas, já a venci, agora que constato.
Grandissíssimo riso!