Livres Então

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Absoluto de mim sem forma,

Coisa completa, plena a sair

Pelas narinas e foles

No canto incessante,

Vibração da vida!

Luz que ondula, vem e vai

E preenche orifícios,

Constroi e desconstroi -- pouco importa

O que é perene e permanecerá,

Além de todo efêmero escorrido

Para fora da folha que se cumula

De ideias e praias e sons de eternidades.


Nunca mais nenhuma saudade

Se o que cessa a sede, mesmo de ti

Ausente, é o que sou e fui,

E, antes de ser, já era,

Satisfaz-me, é tudo.


Sem restar nada que não me inclua

Nesse amor luminescente ígneo,

Desprendido das mãos no saudar

E transmitir, no andar solto

Do corpo que não permite e dá passagem

Em seu tráfego a nenhum confinamento.

Aqui, em mim, onde os ares são puros

No eterno presente.

Improvável AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora