Assim é meu amor assumido,
Sem medo. Que não me confundam
Se sou tão ao fundo, pois truculento não
Sou. Se falo com destemor desse vácuo,
Desse nada que a linguagem não afigura
E alcança; desse fim e dessa podridão
Para onde marchamos, mesmo que distraídos,
Mesmo que levem tempos e se afigurem
Tantas coisas novas, que, iguais, formam
Só aparências ilusórias, que hão de se desmanchar
Com toda a maquiagem sobre rostos cadavéricos.
Este é meu amor nu, até para a finitude de tudo.
Neutro, mas alegre, eu juro.