Suspenso estou eu no ar
a aguardar, velar silente
que esta neve derreta,
que este magma rache, estanque,
e se destaque, e jorra
por sobre o relógio-sol e
seus imensos ponteiros.
Ao fim de tanta espera
serão passados grânulos de areia,
poeira que sou, passada memória
desmemoriada do mundo.