O mundo anda doidinho
O mundo anda mal-educado
O mundo anda sem compostura
O mundo anda esquecido.
Os homens andam grosseiros
Os homens andam casmurros
Olhando nos smartphones
Para baixo nas ruas sem fim.
E tanto lixo, tanto nióbio amazônico
E de todo continente,
Tantos chips e indiferenças e desamores,
Para onde vão,
Se a natureza se entulha desse denso negro
Das mentes e dos aparelhos,
Até que, subitamente, uma cratera se abra
De toda inconsciência e exploda lava
Num expurgo de levar a vida ao ar.
Nesse extremo beijo e ato de amor.