O Caminho da Imaginação

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Como o que resta é a paleta do poeta,

Que escreve para salvar-se, pois que

A poesia é retirar de dentro os pedregulhos

Que se não forem cuspidos engasgariam,

Falo do mundo-metade, mundo amputado

Que sou e tenho:

Um mundo de lilases, vermelhos e róseos.

Um mundo de flores, rios, cedros e capins

E ventos, que, de tão vário e tão selvagem,

Para contradição dos homens tão pacatos

Divididos em sexos e classes

E pequeninos e confrangidos, e pardos e covardes,

Tão bem aclimatados aqui se encontram, por hora...

Bem verdade, meio burros, patéticos. Meio bichados.

Improvável AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora