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Anastácia Andrade- ON

Professor: William Shakespeare foi um... - começou a explicar novamente sobre o autor do livro.

A única coisa que eu conseguia pensar era em sair dessa escola e ir ver a minha mão. Passo as mãos no cabelos rapidamente e encosto a minha cabeça na parede fechando os olhos.

Lembranças- ON

Desci do táxi desesperada e corri para dentro do hospital. As lágrimas já tinham tomado conta de todo o meu rosto e perdi todo o controle de mim mesma. Davi tinha chegado horas antes com meu pai e todos da minha família estava aqui.

Corri para a recepção e bati no balcão com força, chamando a atenção da recepcionista que mexia no celular distraída.

Anastácia: A minha mãe está aqui, por favor, preciso vê-la. - falei com a voz embargada e limpando meu rosto.

Recepcionista: Desculpa, mas o horário de visita já acabou...

Anastácia: Você não está intendendo, a minha mãe pode... - fui interrompida por gritos vindo do corredor. Deixei a recepcionista falando sozinha e corri até o quarto de mamãe.

Abri a porta desesperada e vi meu pai chorando deitado ao seu lado e Davi esmurrando a parede.

Anastácia: O que aconteceu? - entrei correndo e parei ao lado de mamãe. - Pai...

BC: Me desculpa, amor. - chorou enquanto alisava seu rosto. - me desculpa!

Anastácia: Fala, me diz pai o que aconteceu. - falei já chorando. - Ela morreu? A minha mãe morreu?

Davi: Ela entrou em coma. - olhei para o mesmo. - Nossa mãe entrou em coma!

Senti meu coração quebrar em mil pedaços minúsculos e perdi os movimentos do meu corpo, cai de joelhos no chão e voltei a chorar desesperadamente. Davi estava sentando no sofá com a cabeça no meio das pernas e papai tentava tirar forças para sair daquela cama.

A porta foi aberta violentamente e só vi vários vultos brancos e pretos passando por mim. Dois caras seguraram meu irmão pelo braço e tentaram tirar o mesmo da sala a força, papai estava trocando socos com um enfermeiro que só queria tirá-lo dali.

Enfermeira: A senhorita não pode ficar aqui. - pegou no meu braço e me levantou a força. - Vamos!

Anastácia: Me solta, que você pensa que é? - me debati.

Enfermeira: Não estou com paciência minha jovem. - apertou meu braço mais forte. - Vamos logo!

Anastácia: Me solta. - falei empurrando a mesma que caiu para trás.

Em questão de minutos dois homens, altos e fortes, seguraram no meu braço e me puxaram com uma facilidade para fora do quarto.

Anastácia: VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO COMIGO. - gritei enquanto me segurava na porta. - MÃE... ELA É MINHA MÃE. NÃO VOU DEIXÁ-LA AQUI...

Vem Comigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora