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Naiara Marques- ON

Elena: Eu e seu pai estamos planejando ir aí em Julho, comemorar o aniversário da Emma bem pertinho dela. - sorri ao ouvir aquilo. - Estamos morrendo de saudades dos nossos netos e da nossa filha linda!

Naiara: Também estamos morrendo de saudades de vocês! - desligo o computador. - Vão poder ficar na casinha de vocês lá no morro. Não tocamos lá depois de... você sabe.

Elena: Aquele seu sogro estúpido não desmontou a casa?

Naiara: Não. Fica tranquila que ele também não está mais por aqui!

Elena: Meu coração fica em paz com isso. - riu. - Bom, e como anda o seu escritório? Conseguiu colocar as coisas no lugar?

Naiara: Graças à Deus, sim. - me levanto e pego minha bolsa. - A Paloma trabalha comigo, tem os próprios clientes dela e as meninas são as nossas secretárias. Estou pensando em incluir a Emma nisso, e mandar ela fazer um curso!

Elena: Está dando trabalho?

Naiara: Não. Mas eu acho melhor ela ocupar o tempo com alguma coisa que preste!

Elena: E o namorado? Davi o nome, certo?

Naiara: Sim, eles terminaram. - fecho a porta da minha sala e caminho até a saída.

Elena: O quê? Por que?

Naiara: Parece que um passado da Emma veio à tona e eles acabaram terminando! - saio do escritório e tranco a porta. - Mas graças a Deus, estão bem.

Elena: E o Jake?

Naiara: Seguindo firme e forte com a Valentina!

Elena: Aí que bom... - eu paro de prestar atenção no que a minha mãe fala, ao ver um garotinho, encostado na parede ao lado de uma lanchonete, pedindo dinheiro para quem passasse. E era o mesmo garoto do farol.

Naiara: Mãe... depois eu te ligo!

Elena: Ok. - encerro a ligação, e vou caminhando até o menininho.

Naiara: Oi. - falo assim que me aproximo do mesmo. - Tá querendo quanto? - me refiro ao dinheiro.

Menininho: O suficiente para comprar um pão e uma água, tia. - suspirei, sentindo um desconforto no peito. - A senhora pode me dar, tia?

Naiara: Posso te dar muito mais. - sorri. - Vamos? - estico a mão para o mesmo.

Menininho: Aonde? - se encolheu no canto.

Naiara: Você não quer comer? Então, vou te levar para comer.

Ele me olhou, depois para minha mão e me olhou de novo. Demorou um pouco, mas o mesmo acabou aceitando meu convite.
Apertei sua mão, querendo passar segurança e fui com o mesmo para a lanchonete.
Quando entrei, as pessoas ficaram me encarando de um jeito tipo: "aí que nojo, como ela consegue andar com alguém tipo ele?". Mas eu nem liguei, fingi ser esnobe e sentei com ele na primeira mesa que vi.

Comprei tudo que ele queria, pois o garoto se acabou de tanto comer. Quando viu tanta comida na mesa, seus olhos chegaram a brilhar.
Só fiquei vendo o quanto ele estava feliz só de comer aquilo.
A felicidade do próximo não tinha preço. Eu adorava ajudar, qualquer ajuda, eu não nego.

Menininho: Isso aqui está muito gostoso, tia. - falou de boca cheia. - Muito obrigada!

Naiara: De nada. - baguncei seu cabelo. - Mas me fala, aonde que você dorme?

Vem Comigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora