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MARATONA 3/5
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Paloma Santiago- ON

Eu estava com uma angústia muito pesada no peito.
Cada vez que meu coração batia, meu peito doía demais.
A tristeza que eu estava sentindo, a preocupação, era demais. Não estava mais aguentando todo esse mistério e suspense.
Eu precisava saber como a Naiara estava e se eles conseguiram salvá-la. Na verdade, como ela e todos os outros estavam.

Decidi vir pra casa do que ficar com a Alexia. E a Carol veio comigo.
Ela estava mal. Podia dizer que não, mas ela estava péssima.
Só de olhar já percebia o quão triste ela estava.
Valentina tinha saído para ir buscar o Pedrinho e deveria estar voltando. Enquanto eu e Carol estavamos sentadas na beira da piscina.

Carol: Acha que eles conseguiram encontrá-la? - perguntou.

Paloma: Espero que sim. - suspiro.

Ficamos em silêncio outra vez.

Desde quando o doutor confirmou a morte do Marcos, não tinha tocado nesse assunto com ela. Evellyn foi para casa acabado junto com Ana Lucia e KB ficou resolvendo o velório junto da Alexia.

Paloma: Você está bem? - pergunto.

Carol: Eu não consigo falar sobre isso. - disse. - Não agora!

Paloma: Eu respeito isso. - encarei a mesma. - Estarei aqui quando quiser desabafar! - peguei na sua mão.

Carol: Obrigado! - sorriu.

Carol sempre foi muito fechada quando se trata de sentimentos. Ela não se abria facilmente, mas quando resolvia falar... era pra valer.
Ela chorava. Ria. Se descabelava inteira. E depois, sorria no final.
Levava tudo no sorriso.

Valentina: Mãe... cheguei. - gritou.

Paloma: Tô aqui na piscina! - gritei de volta.

Pedrinho: Tia. - correu na minha direção e me abraçou.

Paloma: Oi, meu amor. - abracei ele. - Como você está?

Pedrinho: O tio AL ficou jogando vídeo-game comigo, foi muito legal! - falou, todo feliz.

Paloma: Foi mesmo? Que bom, meu amor. - fiz cosquinha na sua barriga. - Pede pra Tina trocar sua roupa, vem tomar dar uma nadada.

Pedrinho: Tá bom! - saiu correndo para dentro de casa.

Carol: Nunca pensou em ter um outro filho não? - encarei a mesma.

Paloma: Depois que eu melhorar isso aqui. - apontei para as minhas pernas. - Quem sabe!

Carol: Mas e a fisioterapia? Não está funcionando?

Paloma: O médico disse que logo menos eu vou poder andar. Mas... não vou colocar muita fé nisso! - dou de ombros. - Ultimamente, as coisas estão dando muito errado.

Carol: Tem razão! - concluiu. - Mas tenho certeza que vai ter um pivete aqui daqui à pouco.

Paloma: Espero... - fui interrompida com um barulhão vindo da sala.

Tanto eu como Carol levamos um susto.

Paloma: Quem é? - gritei.

PK: Paloma. - me chamou.

Carol: Aqui na piscina. - se levantou. - Vamos! - esticou sua mão.

Peguei na mesma e ela ajudou a me levantar.
Patrick apareceu na porta e me ajudou a entrar.

Paloma: Conseguiram? - perguntei, logo que me sentei no sofá.

Valentina: Mãe? - desceu as escadas correndo. - Aí que susto... pensei que tinha acontecido alguma coisa.

PK: Aconteceu mesmo. Naiara matou o Rafael! - arregalei os olhos.

Carol: O quê? - se espantou.

PK: Mas ela e a Emma estão no postinho. Levaram um tiro!

Valentina: Aí meu Deus. - colocou a mão no peito. - Eu vou lá agora!

PK: Não. Melhor deixar elas descansarem...

Carol: Mas a Emma não tinha ficado com o AL? - perguntou.

PK: Parece que aquela ali é pior que a mãe. Se arriscou e tudo. Bateu de frente com os comparsa do outro louco, matou todos! - tirou sua camisa. - Deu tudo certo. Ninguém se machucou.

Valentina: Vou ir ver elas...

PK: Teu tio LM acha melhor deixar as visitas pra depois. Sua tia Naiara foi fazer cirurgia por causa do tiro e a Emma precisa repousar. - disse, todo autoritário. - Amanhã vocês fazem visitas!

Paloma: Mas elas estão bem?

PK: Sim, meu amor. - deu um beijo na minha testa. - Vou ir tomar uma ducha. Nada de fugir!

Assinto com a cabeça e ele sobe as escadas, passando pela Tina.

Valentina: Mãe...

Paloma: Não contraria seu pai, Valentina. Por favor! - ela bufa e sobe a escada pisando forte.

Carol: Pelo menos elas estão bem. - se sentou do meu lado.

Paloma: Graças ao nosso bom Deus! - sorrio, suspirando aliviada.

Ouvir essa notícia, foi como se um peso tivesse saindo das minhas costas.

Vem Comigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora