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LM

Estacionei numa rua abandonada e fiquei olhando para o meio do nada.
Desde que a gente saiu do hospital, Naiara estava quieta. Não disse nada a viagem toda.

LM: Tu não vai me falar nada mesmo? Acha que eu não mereço saber? - pergunto.

Ela suspirou e me encarou.

Naiara: O quê quer saber?

LM: Aquilo que a Paloma disse no quarto é verdade? - cruzei os braços. - Aqueles cara abusaram de você?

Ela não me responde, seus olhos lacrimejaram e ela começou a chorar.

LM: Ei. - puxei-a para um abraço. - Não chore...

Naiara: Me desculpe.... - chorou. - Eu não queria.... eu não queria que isso tivesse acontecido... me perdoa....

LM: Não chore. Você não teve culpa de nada! - faço carinho no seu cabelo. - Eles que foram os culpados de não terem respeitado seu pedido de "parar". - beijei o topo da sua cabeça. - Fique calma...

Naiara: Eu não queria aquilo... mas eu precisava te ver. - falou. - A Paloma ela... ela ia perder a Valentina se eu deixasse eles fazerem aquilo. Então eu.... eu....

Apertei meus braços em seu corpo e ela parou de falar. Confortei ela em meus braços e permiti que suas lágrimas molhassem toda a minha roupa.

[...]

Naiara estava um tempo dormindo tranquilamente, enquanto eu procurava mais informações sobre os polícias desgraçados que machucaram a minha mulher.

Emma: Pedro acabou de dormir. - adentrou a cozinha, prendendo o cabelo. - Precisa de uma casa maior. Ele está sem um quarto!

LM: Estou procurando isso. - digo, não prestando muita atenção.

Emma: O que está procurando? - perguntou.

LM: Você já deve saber o que aconteceu. Então não me faça perguntas tolas....

Emma: Olha pai... - encarei a mesma. - Eu sei o quanto o senhor está bravo com isso tudo. Mas eu posso te...

LM: Eu não vou mudar de idéia...

Emma: Eu quero te ajudar! - encarei a mesma sem intender.

LM: Como assim?

Emma: Eu quero te ajudar. Não me importa como, mas eu vou fazer de tudo para ter essa vingança que todos nós queremos! - ela cruza os braços. - E eu vou ajudar o senhor...

LM: Não quero que se meta nisso...

Emma: Não estou pedindo autorização. Só estou avisando! - piscou para mim. - Qualquer informação, eu aviso.

Passou por mim, me deu um beijo na testa e saiu da cozinha.
Passei as mãos no cabelo e bufei de ódio.
Meu sangue fervia mais do que qualquer coisa. Não sabia o que estava acontecendo. Era toda a raiva e ódio acumulada.
Eu ia catar aqueles policiais. Da melhor maneira.

Vem Comigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora