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Horas antes...

Paloma Santiago- ON

Vitor tinha me ligado, avisando que havia descoberto algumas coisas, e que precisava me ver o mais rápido possível. Nem avisei Naiara, ela já estava muito ocupada com o garotinho, o escritório, Emma e Jake. Mais um problema só iria piorar tudo.

Avisei PK que ia sair para resolver algumas coisas e que voltaria logo. Ele não retrucou, apenas concordou e eu sai rapidamente.
PK nunca foi com a cara do Vitor. Mesmo depois que ele o ajudou a sair da cadeia, ele não conseguia gostar do cara de nenhuma maneira. Falava que o Vitor escondia alguma coisa e que a gente ia descobrir da melhor forma.
Nem discuto, deixo falar sozinho.

Valentina estava na casa da Cassandra e ia passar a tarde com ela. Não reclamo, acho até bom, porque ficar sozinha em casa é meio chato. Mas preferia que fosse a Emma com ela.
Não que a Cass tenha feito alguma coisa, mas a Emma é desde pequena com ela. Sei quando está mentindo ou não.

Entrei no meu carro e dei a partida para o lugar que combinei com o Vitor.

[...]

Entrei no restaurante e a moça me guiou para a mesa em que ele estava.
Trajado num terno, cabelo arrumado, todo perfumado, cheio das tatuagens. Tava uma coisa linda, xoxota chegou a piscar.

Moça: Bom apetite. - sorriu e saiu.

Vitor: Como está diferente. - se levantou. - Quanto tempo!

Paloma: Verdade. - ele me dá um beijo na bochecha e me abraça apertado.

Vitor: Senta. - puxou a cadeira para mim e tudo.

Paloma: Obrigado! - coloquei minha bolsa no meu colo.

Vitor: Quer comer alguma coisa? - se sentou na minha frente.

Paloma: Tem vinho? - ele sorriu de lado.

Vitor: Ainda está muito cedo para de embrigar, Paloma. - ri do seu comentário e ele fez o pedido com o garçom. - E então, como vai?

Paloma: Muito bem e você?

Vitor: Bem também. - sorri tensa. - E o Patrick? Está curtindo a liberdade?

Paloma: Claro, do jeito dele. Mas está sim! - fiquei tensa. - Aliás, obrigado por.... você sabe.

Vitor: Não foi nada.

Garçom: Aqui estão os vinhos. - colocou duas taças na mesa. - Com licença!

Dei a primeira golada e desceu rasgando na minha garganta.

Paloma: E então, descobriu alguma coisa? - perguntei, lembrando o porquê de estar aqui.

Vitor: Pedro mora num orfanato bem escondido da cidade. - tirou umas coisas da sua bolsa. - Fui lá para investigar e, percebi que, as crianças têm marcas por todo o corpo. Devem ser vítimas de maus-tratos!

Paloma: Quem faria isso com essas crianças? Elas não fazem mal para ninguém. - ele me mostrou algumas fotos.

Vitor: Isso foi as fotos que registrei quando entrei lá. - me mostrou outras. - Não fui só investigar o menino, quero fechar aquele orfanato!

Coloquei as mãos na boca e meu coração doeu.
Eram crianças com queimaduras. Olhos roxos. Todas machucadas.

Paloma: O quê você vai fazer? O quê pretende? - perguntei rápido. - Precisa... precisa tirar elas de lá.

Vitor: Calma, eu vou tirar. Entrei em contato com a prefeitura e vou derrubar aquilo! - guardou as fotos. - Voltando a falar sobre o garoto - tirou uma ficha da sua pasta. - Eu descobri quem são os pais!

Vem Comigo 2.0Onde histórias criam vida. Descubra agora