— Merda, onde estão as chaves?
Jeonghan vasculha os bolsos a procura de sua única salvação naquela noite: as chaves de casa. Não era a primeira vez que saía para festas usando a moto do pai, obviamente sem a sua permissão, ele era muito irresponsável para a maioria das coisas. Refaz um longo trajeto em sua mente a fim de se relembrar quando esteve com as chaves pela última vez.
Alguns sons de assobios enchem a garagem e vagarosamente, a figura se aproxima, jogando determinado objeto que cai nas mãos de um Jeonghan furioso.
— O-onde você estava? Por quê roubou minhas chaves?
— Ei, muita calma. Não sou nenhum ladrão, você saiu por aí todo atrapalhado e as deixou cair no chão. Eu estou apenas ajudando e é assim que me agradece?
— Obrigado. — o loiro diz entre dentes.
Jeonghan sobe na moto, pronto para colocar o capacete.
— Qual é? Eu lhe fiz este favor e agora vai me deixar aqui sozinho? Nem ao menos sei o seu nome.
— Me chamo Yoon Jeonghan. — responde-lhe seco.
— Jeonghan. — o garoto repete com um sorriso nos lábios. — Sou Choi Seungcheol. Diga-me, Jeonghan, você não estaria interessado em se divertir um pouco?
— Seu vigarista safado... — Revira os olhos e ri sarcasticamente. — Tenha uma boa noite.
Ele ajusta seu capacete, inserindo a chave próximo ao painel, provocando um alto ronco do motor. Não encara Seungcheol em momento algum, deixando a casa, onde a música prosseguia muito mais alta.
Algumas ruas se passam, e com elas, faróis vermelhos ignorados. Sentia que estava um pouco alterado, mas dirigia desde os quinze, que mal poderia haver?
Uma loja próxima de conveniências estava aberta, embora à noite naquele bairro perigoso. Enquanto caminha, pensa no garoto que deixara minutos atrás. Não conseguia compreender como alguém com uma feição tão pura e infantil, olhos que lembravam os de uma criança, poderia ser sujo daquela maneira. Porra, Seungcheol era realmente muito bonito.
Talvez não fosse uma má ideia se divertir um pouco.
— Débito ou crédito? — a funcionária do caixa pergunta, receosa se empacotaria as camisinhas que foram compradas ou deixaria que ele levasse daquele jeito.
— Crédito. — o garoto suspira. — E me dê uma daquelas balinhas ali, já que você não está fazendo nada mesmo.— Me desculpe, o quê disse? — Ela demonstra estar ofendida.
— Pega a bala para mim logo, você quer que eu beije quem com este bafo de cerveja? Nessa velocidade até eu voltar lá o pau dele amoleceu...
— Está tudo aqui, senhor. — ela diz com arrogância e lhe entrega o pacote. Ele finaliza a compra digitando a senha e retirando o cartão. — Obrigada pela preferência.
— Não há de quê. — imita a sua voz e sai dali, colocando o pacote no bolso da jaqueta.
Estava mais frio do que quando havia entrado no estabelecimento, o vento é forte. Sobe na moto, dando a partida. Em poucos segundos, chega até a casa de Mingyu, puxando para cima o portão de sua garagem. Adentra com o veículo e observa Seungcheol perdido em pensamentos; O garoto fuma um cigarro.
— Parece que alguém voltou...
— Cale a boca, você já sabe o que eu quero. Não faça jogos. — Jeonghan tirara o capacete, desligando a moto.
— Não desça daí.
O mais velho carregava um sorriso safado, andando calmamente até o outro. Arruma de volta ao lugar alguns fios do cabelo platinado que se desalinharam, cravando os seus olhos nos confusos de Jeonghan. Ele não se movera do local.
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moans [verkwan]
Fanfictionhansol ouve barulhos estranhos durante a noite vindos do garoto do quarto ao lado, e os grava. © gowoons | 2018 | yaoi