trinta e quatro

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— Quase... quase.

Em meio aos ruídos que enchiam o quarto, Hansol se dava por vencido apertando e puxando seu próprio membro com tamanho tesão. Fecha seus olhos e prende os dentes no lábio inferior, sentindo sua destra tremer frente a tantos movimentos repetitivos. Ora, pressiona a glande inchada com o dedo indicador e o médio, afagando a região afetada.

Encara de relance a cama na qual estava sentado e os números no visor do gravador aumentavam significativamente conforme o tempo se passava. Sua mão não parava de trabalhar um minuto sequer. Hansol suspira, gemendo baixo em decorrência daquela dor gostosa de se sentir.

Envolto naquele emaranhado de sensações, em determinado momento, o silêncio. Fora difícil ter a noção de que Seungkwan havia parado com os barulhos, tendo em vista que esta situação era difícil de se compreender qualquer coisa. Hansol abre os olhos carregando uma feição de preocupação enquanto o outro continuava a se mexer, aumentando a sua respiração. Ele se prontifica a levantar-se e vestir suas calças próximas o mais rápido possível. Em alguns segundos, Seungkwan abre seus olhos sonolentos e começa a observar o quarto.

— Hansol? Hansol?

O loiro agora fingia dormir, se movimentando na cama para que pensasse que estava acordando. O procura ao seu lado falsamente, se assustando ao vê-lo sobre o chão.

— O quê está fazendo? Caiu da cama?

— E-eu acho que... Eu não sei. — Senta-se ali, coçando a cabeça. — Eu devo ter caído e não percebi. Meu corpo dói.

— Venha aqui, pequeno. Me desculpe se eu me mexi muito na cama durante a noite.

— Não, não. — Seungkwan se levanta, caminhando até ele de braços abertos, exibindo um sorriso sem graça. — Deve ter sido culpa minha... eu sou um pouco agitado.

— Que seja, vamos voltar a dormir, sim? — Hansol observa o biquinho que se formava na boca de Seungkwan e o reproduz. — Eu estava dormindo tão gostoso só de imaginar que você estava perto.

Seungkwan sorri fechando os olhos e se aproxima o bastante para deixar beijinhos em seu pescoço e deitar a cabeça em seu peito. Devido a proximidade, consegue sentir um volume estranho nas partes baixas do garoto e se assusta, procurando encarar seus olhos.

— V-você...? Vo-você...

— Eu? — tenta se desvencilhar, bocejando. — Porra, ainda são três da manhã esse tempo é realmente louco.

— Nada. Esqueci. — o garoto assente, fechando os olhos e se ajeitando na cama para dormir.

Seungkwan relutava para não pegar no sono, entendia muito bem o por que de ter caído da cama e sente vergonha só por imaginar alguém tendo ciência disso. Ele deveria parar de ser tão estranho, deveria ceder a toda a bateria de exames e consultas com psicanalistas. Se pudesse, daria alguma desculpa para que escapasse e continuasse a dormir em seu quarto, mas Hansol estava sendo tão gentil, tirando o fato de que ele era uma ótima companhia. Apenas por estarem pertos um do outro, pode sentir cócegas devido as borboletas que voam em seu estômago. Faria tudo o que fosse preciso pela sua saúde, seria alguém normal e Hansol veria isso nele.

Hansol prossegue em tentativas de dormir, falhas nos longos minutos seguintes. Após algumas horas de sono, ele acorda com alguém sendo jogado sobre ele.

— Você duvidou, não duvidou? Ninguém duvida de Xu Minghao.

— Por quê tem um inferno desse na minha cama?— Vernon pergunta coçando os olhos, observando Wonwoo rir e se mexer. — Sai de cima de mim.

— Eu vou ficar ofendido. — se ajeita no peito do garoto, repousando a cabeça. — Agora irei descansar.

— Caralho.

— Então Hansol, o que aconteceu com o Seungkwan ontem?

— Soube que o coitado sofreu. — Wonwoo comenta, ainda de olhos fechados. — Mas é difícil de entender, será que ele não aguenta essa minhoquinha?

— Saia daqui agora ou eu...

— Parem os dois! Que coisa feia. — Minghao lhes atira um travesseiro, o que faz Wonwoo se levantar rapidamente. — Não sabia que mais pessoas tinham ouvido, então já que é assim, não temos mais segredos. Vocês foderam depois?

— Q-quê? — Hansol o olha, engolindo em seco.

— Sexo. Sexo, Hansol! Vocês transaram depois? Vocês foderam? Sei que o Seungkwan tinha bebido um pouquinho, mas a pergunta é apenas uma.

— É. — o loiro desvia o olhar, encarando alguns detalhes da coberta. Começa a dizer num volume bem baixo. — Nós fizemos sim...

— Verdade? Então quer dizer alguém finalmente cedeu.

Wonwoo concorda, mas logo o analisa com olhos semicerrados. Não podia discordar de nada, tem certeza de que neste exato momento ele estava apagado na noite anterior, mas ainda sim contente pela proximidade dos dois. Levanta-se da cama para vestir a roupa e se encaminhar até a primeira aula do dia.

Hansol não fala mais nada, apenas continua deitado encarando seu cobertor; Eram sete e doze. Se pergunta se havia a necessidade de uma mentira como aquela, mas alivia-se por ser algo interno o bastante para nunca ser descoberto.

Boceja e se levanta da cama.

moans [verkwan]Onde histórias criam vida. Descubra agora