vinte e oito

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Wonwoo caminha pela sala a procura do controle remoto, encontrando o objeto nas mãos de Minghao, deitado no sofá.

— Sua mão está suja de salgadinho, você vai sujar o controle também.

— Você está na sua casa, por acaso?

— Eu estou.

— Parem vocês dois — Vernon chega jogando pipoca nos garotos ao sofá. — não iremos ver televisão. Vamos conversar sobre ontem.

— Me deixem dormir. — Jihoon se aperta, puxando mais o cobertor para si. Mastiga um pouco da bala que tinha na boca, embora de olhos fechados.

— Principalmente você tem que falar. Na verdade, todos vocês sumiram e eu estou curioso para saber. — Se assenta no sofá, puxando Wonwoo para o seu colo. — Quem começa?

— Quem se sentir tocado. — Wonwoo encosta a mão no braço de Minghao, logo após fingindo que nada aconteceu.

— Seu, seu...

— Eu apoio a escolha. — Hansol sorri, aguardando.

— Eu tenho um pouco de medo dessa dupla. — Minghao junta as pernas colocando uma sobre a outra. — Tudo bem, mas não tenho nada de interessante para contar.

— Uma longa narrativa pornográfica é sempre boa. — Wonwoo afirma, ajeitando a cabeça já sobre o colo de Hansol. — E controle o seu amiguinho aqui, americano, eu sei que sou uma delícia mas há momentos apropriados para isso.

— Agora é tarde para avisar, vou precisar daquela ajuda extra.

— É preferível marcar horário... com o Wonwoo boquinha de veludo. — O chinês ria.

— Vou mandar meu contato para o seu namorado, aquele gostoso.

— Espero que ele me leve junto, eu adoro um sexo a três.

O moreno finge socar Minghao, que lhe manda um beijinho no ar. Vernon levanta uma sobrancelha, instigando o outro a falar.

— O quê querem que eu diga? Nós apenas bebemos e nos beijamos, não aconteceu nada na festa.

— Se você quer um incentivo para começar, eu dou. Eu transei com o Mingyu.

Os dois garotos voltam os olhos para Wonwoo, num misto de espanto e confusão. Ele apenas encara suas próprias mãos, relembrando-se de tudo o que havia ocorrido na noite passada, e também em como conseguiria encarar novamente Mingyu; Especialmente se estivesse acompanhado de Seokmin.

— Repete essa barbaridade por que eu acho que não escutei direito. — Minghao segura seu rosto, o virando para que olhasse em seus olhos.

— Eu fodi com o Mingyu, e fodi muito por sinal. — Dá ênfase em todas as palavras. — Eu sei que eu não deveria...

— O último semestre inteiro você estava falando sobre como o Mingyu é mau caráter, egocêntrico, manipulador safado, e agora me diz que deu para ele?

— Mas ele também deu para mim, foi uma troca. — Wonwoo volta a desviar o olhar, abaixando mais a voz.

— Não vou opinar, com um homem daquele em minha frente... eu não sei quais decisões tomaria. — Hansol fazia carinho na cabeça de Wonwoo, pensativo.

— Deixe Boo Seungkwan saber disso. — Minghao, que recebe um olhar malígno do amigo.

Eles prosseguem na conversa, atormentando o sono de Jihoon no sofá próximo. Nada foi resolvido.

— Então ele é tipo... assexuado? 

— Ele teve um transtorno, e apenas não se sente a vontade no momento. Sexo é algo sério para ele; E para mim também.

— Conta outra Hansol. — Wonwoo dá um tapinha em suas costas. — O baixinho pode até ser santo, mas disso você não se caracteriza em nada.

— Dá para vocês calarem a boca?— Jihoon diz bravo ainda sem abrir os olhos.

— Estou ficando impaciente com este garoto, acho que vou jogá-lo pela janela. — o loiro diz.

— Ninguém vai jogar ninguém pela janela. — Hansol fala alto e claro. — Jihoon vá para o quarto.

— Não, você não manda em mim. — Cai no sono de novo.

— Acho que tem alguns doces na cozinha, um minuto. — Wonwoo corre para o local citado.

— Jihoon eu vou te fazer cócegas.

— Você não faz isso desde os treze anos. — murmura.

— Tudo bem, eu desisto, pode jogar pela janela.

— Sim, eu lembro o que aconteceu na festa... — diz o chinês, recordando-se repentinamente. — Uma garota pirada entrou no banheiro, quando eu e o Jun estávamos lá. Foi legal.

— Legal? Quem era e o que ela fez?

— Chocolate! — Wonwoo aparece, batendo uma barra na cara de Jihoon. — O meu bebê não vai acordar não?

— Eu não sei o nome dela. Mas ela tem boas mãos.

— Quem é a cozinheira?

— Não, Wonwoo, é apenas uma garota que Jun e eu conhecemos na festa.

— Que horas são? — alguém pergunta.

— Acho que duas. Ou três, vocês acordaram meio tarde. Vou pegar meu celular na cama.

Wonwoo se levanta novamente, caminhando em direção ao quarto. Ele o faz rápido, para que os garotos não acabassem comendo todo o chocolate.

Enquanto procura o aparelho em sua bolsa, encara a de Vernon, aberta sobre a cama. Outro dispositivo nada similar lhe chama a atenção. Aproxima-se, o tendo em mãos.

— Hansol, que tipo de bomba caseira é esta?

— O quê? — responde.

— Esse aparelho aqui, escuro e com uns botões.

— Não mexa nisso, deixe aí! Deixe isso!

O loiro corre até o quarto, o tomando das mãos do amigo.

— Mas que porra?

— É m-meu, se não souber usar ele pode bloquear. Eu vou guardar isso. — O põe dentro de sua mochila, fechando-a.

— Nossa, eu estava brincando quanto a bomba.

—  O quê está acontecendo aqui? — Minghao aparece na soleira da porta, mastigando algo.

— Nada, nada. Então, meninos, o quê vão fazer nesta deliciosa tarde de domingo? — Hansol apoia em seu ombro.

— Dormir. — os dois respondem juntos, assustando-se e rindo logo após.

— A energia de vocês me motiva. — comenta, irônico.

Os garotos voltam até a sala, onde a conversa se reinicia. Haviam muitas novidades e pontos a serem levantados.

oi lindos

moans [verkwan]Onde histórias criam vida. Descubra agora