trinta e seis

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O sinal do fim das aulas toca no período da manhã, fazendo os estudantes literalmente fugirem de dentro das suas salas. O refeitório está repleto deles, ainda que uma boa parte almoçasse por conta, fora da Faculdade. Wonwoo anda em passos rápidos enquanto comia seu lanche para o almoço, discando o número da irmã mais velha no celular. Seu olhar rola para o lado esquerdo, notando alguém que se aproximava encarando-o sem disfarçar. Mingyu apenas sorri quando o percebe ter visto, seguindo seu caminho andando devagar com as mãos nos bolsos. O outro revira os olhos levando o aparelho até o ouvido direito.

— Você me ligou para ficar calado?

— Estou aqui, estou aqui. Também te amo, Soyeon.

— Pare com a melação. O quê quer? — A garota parece ocupada.

— Cuidado com a grosseria. Eu apenas queria saber como vocês estão, só isso.

— Eu estou bem. Mamãe e papai também, ele com aquele mesmo papo de aprender a tocar piano. Se depois de velha eu começar a ter essas ideias malucas, por favor, me interne.

— Você já tem ideias malucas, irmãzinha, pode ficar tranquila que te levo semana que vem. — Wonwoo diz rindo, notando Minghao se aproximar. — Preciso desligar.

— Seu ridículo. Pode ir, não quero nem imaginar o que você tem de importante para fazer.

— Tudo bem, Soso. Inclusive, vou pedir um carro do nosso pai hoje, caso vocês sintam falta já está explicado.

— O quê? Jeon Wonwoo, você é tão responsável frente a um volante quanto uma criança de cinco anos, um bêbado e um cachorro, me explique direito essa história.

— Tenha um bom dia, princesa.

Ele desliga, sorrindo e logo voltando o olhar para o chinês que se aproxima saltitando.

— A vida é bela.

— E se chama Jeon Wonwoo. — O moreno completa, lhe dando um meio abraço. — Está feliz demais, por acaso deu?

— É da sua conta?

— Minha conta está no banco, o que vale agora é a minha curiosidade.

— Se é o que você quer ouvir eu dei sim, dei mais do que podia dar. Acho que estou com crédito negativo.

— Poderia ter dado para mim e largar aquele pé de chinelo. — Wonwoo faz uma cara triste e o outro começa a rir.

— Cale a boca, nem pense em falar isso perto dele, sabe que Junhui é ciumento.

Ele dá de ombros, encarando os pés. Logo volta o olhar para o loiro, semicerrando-o como se estivesse a avaliar algo. Começa a falar num tom enojado.

— Você foi ver o Junhui com... isso na sua cara?

— O quê? — Minghao se assusta, subindo a mão para o rosto, o que faz o garoto interrompê-lo e se prontificar a ajudar. — Tire, tire.

— Isso aqui, olha. — Wonwoo continua com a feição porém de súbito inclina o rosto e deixa um selar no amigo. — Acho que agora não tem nada.

— Eu vou te matar.

Wonwoo sai rindo enquanto Minghao passa a mão nos lábios a fim de tentar limpar a região. Ambos começam a correr e se separam depois de algumas salas a frente. No fundo sabia que mais tarde iria levar um tapa no meio das costas para "aprender a respeitar o espaço pessoal".

Hansol encara a si mesmo no espelho do quarto. Arruma a gola da camisa pólo, pensando se a cor estava realmente bonita nele. Desejava que algum dos seus garotos estivesse ali, eles sempre se vestiam tão bem. Abaixa o zíper do jeans para avaliar sua cueca; Era a mais nova que tinha, estranhara ainda não ser nenhuma de Minghao.  Prontamente volta a se avaliar, subindo o tecido e inclinando-se para pegar o frasco de perfume na prateleira. Seu preferido e também o único que possuía, já estava prestes a completar aniversário. Esborrifa uma quantidade tamanha sobre o pescoço, atrás das orelhas, pulsos, e por toda a roupa, soltando um espirro. Passa seu pente pelo cabelo um pouco úmido devido o banho, se perguntando se não estava muito exagerado.

moans [verkwan]Onde histórias criam vida. Descubra agora