trinta e sete

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Seungkwan apoia-se no muro da sacada do edifício, respirando forte assim que consegue ter a vista desejada. Dali era possível ver uma boa parte da cidade de Seul, e o de cabelos castanhos achava lindo o fato das luzes de diferentes cores, expressas em letreiros, jardins, prédios, praças, se misturarem numa perfeita sintonia. Ele visita o lugar constantemente há alguns anos, e cada vez era uma nova sensação de apreço por ali e uma onda de boas sensações.

Hansol observava o pequeno, sorrindo sozinho e se aproximando ao seu lado. Ele segue o seu olhar, encarando o espetáculo de luzes que consistia a cidade de Seul e suspira, encantado.

— Agradeço imensamente por isso, Seungkwan, que sorte a nossa seus avós morarem justo num lugar como este.

— Cale a boca. — Sorri para o maior, apertando seu nariz. — Apenas sinta o momento.

— Eu tenho que calar a boca agora? — Hansol finge estar ofendido, cruzando os braços.

Seungkwan dá um soquinho em seu ombro, falando baixo algum palavrão e se voltando a paisagem. Seus olhos estão atentos a movimentação ao longe, ainda que de tão alto tudo parecesse bem calmo e parado. Sente seu estômago responder devido o impulso tomado, virando-se a Hansol novamente. Numa troca de olhares rápida, o mais velho sorri e eleva o rosto até o outro, que se inclina para beijá-lo cuidadosamente. Após aqueles segundos deleitosos, Seungkwan suspira deixando um beijinho em seu pescoço. Aperta a jaqueta mais contra o seu corpo devido o frio.

— Hansol, o quê você gosta de fazer quando está sozinho?

— Eu... — Pensa, assustado com a pergunta repentina, mas sentia-se confortável perante o garoto de olhar curioso. — Quando estava em casa, eu gostava de me sentar no balanço do quintal e refletir sobre a vida. Essas reflexões envolviam tanto o por quê ainda não enviaram satélites à outra galáxia quanto cálculos envolvendo o tempo em que minha mãe chegaria e me mandaria arrumar a cama.

Com uma linha de pensamento tão simples e sincera, consegue arrancar um alto riso do menor, que apoia o seu rosto com a mão direita. Encara Hansol, havendo este um brilho diferente no olhar; Suspira apaixonado.

— Lembro-me das vezes em que deixava brinquedos espalhados até pelo banheiro... Eu realmente devo ter sido uma criança completamente possuída por Satanás. — Seungkwan assente, sorrindo para o garoto a frente. Hansol ri assim que segue a sua linha de pensamento, imaginando uma criança hiperativa de bochechas grandes subir pelas paredes da casa.

Por alguns segundos, eles se encaram em silêncio. Dessa forma, Hansol quebra-o, elevando o seu olhar até a lua.

— Você não acha bonita? Eu sempre fui fascinado por essas coisas gigantes.

— Tipo uma bomba atômica? — Dá uma risadinha, tapando a boca.

— Você deveria colaborar com esse meu lado protagonista de filme romântico.

— Pare de ser bobo, Hansol. Sim, ela é muito bonita. Mas eu prefiro as estrelas, toda a atenção só se volta para esse satélite... isso não é justo.

— Sabe o que não é justo? Você ser bonito desse jeito, e eu não poder ficar te olhando a todo momento. — Ele observa o outro mudar a direção de seu olhar, por vergonha. Sorri.

— Clichê.

Hansol finge estar ofendido, e o de cabelos castanhos deita a cabeça em seu ombro, prestando atenção no brilho da paisagem. Hansol suspira.

— Como dizem: Se as estrelas fossem belas como você...

— ... eu passaria as minhas noites em claro. Muito clichê.

moans [verkwan]Onde histórias criam vida. Descubra agora