moans [verkwan]

vinte e seis

Chan se prepara para dormir, espalhando uma loção hidratante pelas pernas nuas. Mesmo com uma música baixa saindo de seu celular, ele não conseguia se concentrar o bastante uma vez que os pais estavam brigando novamente. A jaqueta larga de uma amiga não conseguiu cobrir a saia curta que ele vestia. Estava exausto e odiava o fato de nem ao menos poder se defender, dialogar sobre. Passa os dedos pelos fios escuros da franja.

— Jie? Chegou bem em casa?— Havia discado o número de Jieqiong, sorrindo ao ouvir sua voz.

— Oi, amiga. Sim, eu estava quase dormindo.

— Me desculpe, eu não quis... incomodar.

— Não tem problema. — ela boceja.

— Então, você vai fazer alguma coisa hoje? A gente podia sair para comer.

— Na verdade, irei sair com a Nayoung de novo, nós marcamos anteontem.

Ele batia os dedos na penteadeira, se encarando no espelho. Fecha os olhos e suspira.

— Sim, entendi. Combinamos outro dia então.

— Tudo bem, agora eu preciso dormir logo, senão ficarei cheia de olheiras, Chan. Boa noite.

— Boa — Ela desliga o telefone. — noite.

Chan revira os olhos e deixa o celular sobre a cama. Coloca um pouco de demaquilante num algodão, passando o conteúdo pelo seu rosto. Pensa que gostaria apenas que alguém o ouvisse naquele momento. Seria ótima a companhia de Jieqiong, seu coração batia mais forte a cada risada que ouvia da garota, a cada vez que ela erguia as sombrancelhas ou que colocava uma mecha de cabelo atrás da orelha. O único detalhe era que sentia que ela não queria a sua presença por perto, tem muitos amigos mais interessantes.

Vendo que toda a maquiagem saiu, ele desliga o abajur, deitando-se na cama.

Mingyu puxava Seokmin para mais perto de si, ele gostava de dormir agarrado ao namorado. Este, se afasta, reclamando da proximidade.

— Está muito calor não fique tão grudado a mim.

— O quê houve com você, amor? — O moreno une as sombrancelhas. Aguarda alguns segundos até receber uma resposta.

— Onde você estava? Assim que Jeon Wonwoo chegou aqui mais cedo eu quase não te vi durante a festa.

Ele percebe o silêncio de Mingyu, continuando com as indagações.

— Vocês transaram?

— Eu estava bêbado, como pode me perguntar coisas da festa? Eu...

— Mas sente como se tivesse tido um orgasmo hoje? Seu pau dói? Há arranhões nas suas coxas?

— Seokmin! Qual é o seu problema com Wonwoo? nós não temos mais nada e você sabe disso.

— Por quê não sinto mais verdade nas suas palavras? — Se levanta da cama, vestindo a camisa. — Deixo a chave debaixo do tapete.

— Pare com isso, você não vai me deixar sozinho. Vamos lá, Seokmin, eu sou o seu namorado.

O mais velho caminha para fora do quarto, e logo mais, da casa. Não se importara.

Hansol ri novamente de tudo o que Seungkwan acabara de dizer, nada fazia o menor sentido. Ele prometera que iria dormir junto ao mais velho se este conseguisse lhe convencer de algum ponto de debate em que os dois não concordassem. O loiro se rendera quando realmente aceitou provar o famoso suco de acerola do hospital.

— Cuidado para não me machucar. Venha e deite aqui logo.

O mais novo revira os olhos, sentando com cuidado sobre a cama, logo repousando sua cabeça sobre o travesseiro também. Seungkwan lhe dá um beijinho no pescoço, apertando o garoto contra si.

— Conte-me uma história para que eu durma.

Vernon pensa alguns segundos, tentando bolar algo. Suspira, sentindo a respiração do castanho lhe eriçar os pêlos dos braços.

— Havia um garoto que estava tendo uma vida pacata. As pessoas pareciam iguais, tudo era monótono. Então ele conheceu alguém e os seus dias passaram a ter um motivo, um rosto único que se passava pela sua mente desde manhã cedo, até a noite. Sentia também o seu corpo reagir diferente, a pele suava, o coração batia mais rápido, seu estômago revirava. Ele não tinha mais para quem recorrer: estava apaixonado.

— E então? O quê ele faz quanto a isso? — Seungkwan pergunta, levantando o rosto.

— Você está mesmo acordado? Achei que fosse chato o bastante para que dormisse rápido.

— Eu vou dormir, sim, estou com sono. Boa noite, garoto apaixonado.

— Me espanta o tanto que você é convencido.

Seungkwan apenas ri, fechando seus olhos.

Em seu quarto, Jeonghan liga o computador e clica nos ícones que o levam até a página de busca. Se encaminha até uma rede social da qual estava mais acostumado a usar, e começa a digitar.

— "Choi... Seungcheol." Espero que eu esteja certo.

Enquanto os resultados carregam, ouve o barulho vindo da porta. A empregada da residência viera, o cumprimentando. Talvez tenha esquecido algo importante enquanto limpava mais cedo.

— Senhora Yu, preciso tirar algumas dúvidas minhas.

— Sim, Jeonghan. Aprontou mais uma na Faculdade? — Ela pega um pano da prateleira mais alta.

— Não, não foi lá. Tecnicamente. — Ele não conseguia ter raciocínios completos enquanto passava as fotos do garoto mais velho pelo monitor. — Eu transei com um garoto na festa do meu amigo, eu sei que mal o conhecia e não deveria ter feito isso.

— Ainda bem que já sabe o meu posicionamento. Mas qual é a tal da dúvida?

— Eu gostei. Pra caralho.

— Para quê esses palavrões, Jeonghan? eu sempre repito isso! — Ela para na porta antes de deixar o quarto. — Tudo bem, mas torça para que ele tenha gostado de te meter o negócio dele, por que caso contrário você tem um problema.

Fecha a porta.

— O quê você quer dizer com isso? Eu lá tenho cara de quem... Merda.

Conforme avança em tudo o que o garoto publicava, era mágico poder ver seu rosto novamente. Seu sorriso que poderia parecer doce, mas que fora rodeado por outras intenções naquela noite. Jeonghan gostava de todas estas.

gENte

famoso suco d aceROLA