dezenove *bônus meanie*

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— Eu deveria ficar muito bravo com você. Na verdade eu estou, Mingyu.

— Mas a sua vontade de foder comigo é maior, não estou certo?

O moreno fica em silêncio, com seus braços cruzados.

— Foi o que pensei.

Mingyu lhe rouba um beijo, induzindo-o à isto. Wonwoo se desvencilha, semicerrando os olhos ao garoto que agora ria feito bobo.

— Não tem graça nenhuma. Você não se importava com o que eu sentia. Você nem sequer se importa com o seu próprio namorado.

— O meu namorado é você.

— Está muito bêbado, eu irei sair daqui.

Mingyu o impede, bloqueando o caminho. Afaga seu queixo com o polegar, olhando profundamente em seus olhos. Wonwoo odiava quando aquilo acontecia, odiava com todas as forças o poder que ele exercia. Não se sentia mais tão irredutível em sua decisão.

— Você não irá tão longe com esse pezinho machucado, sim?

— Vai pro inferno, Mingyu.

Ele apenas sorri, trazendo o braço de Wonwoo sobre seus ombros em apoio e o levando escada acima. Podem se ouvir reclamações durante todo o trajeto, aquela era uma casa extensa. Mingyu o leva até o quarto, deitando o garoto sobre a cama, que se senta na ponta, desconfiado.

— Quer uma bebida? — Ele enche uma taça com o conteúdo da garrafa cara de vinho que seus pais haviam trago.

— Apenas quero saber por que está fazendo isso. Eu não lhe devo nada, e você também não, a não ser distância. Você me fez sofrer. — Wonwoo não o encara.

— Pessoas erram, não erram? Sabe, Jeon Wonwoo, devo ser bem claro contigo.

— Então seja.

— Eu quero sexo. E você também, você sempre quis. Não me importo se sente vontade de enfiar uma faca nas minhas costas, de maneira que eu sei que você gostaria que eu lhe enfiasse outra coisa. — Bebe um gole da taça. Wonwoo ri.

— Eu não sou tão fácil desse jeito.

— Não, você não é. Nós não somos. Demorou tanto tempo para isso, então por favor — O moreno se aproxima, sentando-se ao seu lado. Afaga seus cabelos. — não seja um menino mau.

O mais velho o analisa, passando a língua por dentre os lábios grossos. Dá de ombros.

— Quem disse que sou um "menino mau"?

Ele se levanta da cama, caminhando até uma das extremidades do quarto. Vira-se para um Mingyu confuso ao longe, tirando o seu cinto.

— Quer brincar, Gyu? — Volta até o moreno em passos lentos. Amarra o cinto em seu pescoço, apertando o suficiente para que ele não se sentisse desconfortável; muda de ideia, deixando a peça bem folgada na região. Mingyu ficava lindo de todas aquelas maneiras.

— No quê está pensando? — O agarra pela cintura, mantendo seus olhos vidrados nos do outro. Sorri.

— Eu sei que mereço algumas explicações, mocinho. Com base nas suas respostas, eu decido se fecho ou abro mais o cinto. Se acabarem os buraquinhos, você venceu. Mas se morrer, eu venci.

— Justo. Sobre o quê quer saber?

Wonwoo o empurra, fazendo com que o garoto caia na cama. Ele sobe em cima do tal, depositando um tapa em seu rosto com toda a sua força.

— Isso doeu?

— Sim... porra. — Ele passa a mão sobre onde deveria estar vermelho em sua face.

moans [verkwan]Onde histórias criam vida. Descubra agora