trinta e dois

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Minghao usa as mãos de Junhui, guiando-as enquanto passeavam por todo o seu corpo. Ele rebolava em seu colo, se concentrando para que ninguém fizesse nenhum barulho escandaloso. O moreno puxa seu rosto com violência a fim de iniciar um novo beijo, apertando a cintura do namorado, logo descendo para as partes íntimas. Não demora muito para que duas vozes conhecidas preencham o corredor a frente, porém os garotos não se importam a princípio.

— Eu juro para você eu não tenho nada com ele, nós só... Aconteceu.

— Eu sei, Hansol, nós também não temos nada, certo? Você não me deve explicação nenhuma.

— Não quero que você fique assim.

— Assim como?

— Assim.

— Agora pensa que tudo gira em torno de você?

— Caralho. — Junhui corta o beijo, observando também a feição de incômodo de Minghao. — Eu vou ir lá.

— Sabe que não precisa, amor, não sei o quê está acontecendo mas isso é problema deles. — dando beijinhos molhados em seu pescoço.

— Eu broxei só de ouvir a voz desses dois. Fique aqui, por favor e eu vou resolver isso.

Seungkwan sente a mão do garoto insistente em seu ombro, virando-se a puxá-lo para trás. Odiava quando estava com raiva de uma situação na qual ele não deveria estar sentindo isso, apenas esperava lágrimas rolarem de tanto nervosismo. Agradecia aos céus por isso, no fim das contas, não ter realmente acontecido.

—  Eu quero quebrar a sua cara. — diz, dando tapas no garoto que imaginava estarem sendo fortes.

— Ei! Que porra vocês estão fazendo aqui numa hora dessa?

— Junhui? Me diga você. — Seungkwan, irado. — A propósito, vá vestir suas calças.

— Não interessa quanto a mim. Os dois, vão para os seus quartos... Seungkwan você bebeu mais do que pode aguentar, por favor vá.

— Eu não... Estou indo para o meu quarto então, porra.

— Eu te acompanho.

— O deixe em paz, irmão. Já deve ter complicado as coisas o bastante. — o moreno se coloca em frente a Hansol, bloqueando-lhe o caminho para o corredor a frente.

O menor cruza os braços, inconformado. Analisa-o, fitando seus olhos e feições.

— Diga para Minghao não chegar tarde, ainda é perigoso. Idiota.

O deixa, voltando atrás seu caminho.

— O quê aconteceu, amor?

— Eles foram dormir. Agora vem cá, não se preocupe com nada, hum? — Junhui diz ao namorado, aguardando-o sentar em seu colo.

Seungkwan chega de volta ao quarto após tentar abrir três portas diferentes, todas trancadas. Alguns dos garotos rolavam pelo tapete e seu olhar se volta para Jisoo, que apenas fuma um cigarro e o encara com uma feição de tranquilidade.

— Me dê isso aqui. — tira o cigarro dos seus dedos, o apagando no beiral e atirando-o pela janela aberta. — Você não fuma.

— Quem disse que eu não fumo?

— Eu disse agora.

Continua caminhando e dá um pequeno tropeço pois não havia visto Wonwoo ali. A televisão está ligada e o som também, num volume não tão alto. Soonyoung ora cantava ora gritava algum karaokê que havia achado no YouTube, ele definitivamente pensa que é integrante de algum girlgroup.

— Não queimem meu quarto, só isso que lhes peço. Você está no comando, Mingyu. Acho que preciso de um banho.

Mingyu dorme em cima de Seokmin, que faz carinho em seus cabelos; A televisão mostra um programa televisivo que fala sobre culinária. Por fim, Seungkwan entra no banheiro, fechando a porta.

Aos poucos se despia, chutando a roupa para longe de onde a água cairia. Liga o chuveiro, adentrando sem esperar saber se aquilo estaria frio ou quente; Se lembra de Hansol, esforçando-se para que não chorasse de tanta raiva. Não, não deveria estar se sentindo daquela forma, mas não conseguia conter. A água cai molhando seu corpo e refrescando seus pensamentos; Cogitou a ideia de voltar às antigas consultas com o psicólogo, gostaria de saber como lidar com suas emoções e trabalhar nisso. Também possuía tantas incertezas sobre si, e suas dificuldades no sono eram problemas significativos. Não voltaria para os velhos hábitos.

Assim, ouve o leve som da porta se abrir. Alguém está ali.

— Não entre! Estou aqui, não entre! — o garoto logo se prontifica a cobrir as partes baixas com as mãos, encarando curioso a fresta da porta que se abria.

— Seungkwan? Eles me avisaram que estaria aqui. Não estou vendo nada, eu juro. — Hansol, entrando no banheiro com a mão sobre os olhos. — Eu vim conversar.

— Você não desiste? — dá um sorrisinho, se aproximando com cautela.

Hansol permanece imóvel, cobrindo os olhos e sem saber exatamente para onde dirigiria a sua voz. O castanho segura a sua mão livre, a afagando cuidadosamente.

— Por que gosta de me fazer ficar triste, Hansol? Sei que você é difícil de se lidar, mas ultimamente está se tornando impossível.

— Você está certo. Você está completamente certo, eu ando agindo feito um idiota. Uma criança. Por favor, apague toda a merda que eu fiz da sua memória, eu estou disposto a rever minhas ações. Não quero me afastar de você, pensar nisso me deixa aflito.

— Coitadinho.

Seungkwan se inclina com os pés, vagarosamente; sela seus lábios com os dele, sem malícia, sem pressa, apenas o momento. O loiro abaixa sua mão por completo, e Seungkwan cobre novamente os seus olhos.

— Eu não disse nada sobre ver algo aqui. — ri, dando um soquinho no mais alto. — Tudo bem, estamos "conversados", poderia por favor devolver a minha privacidade?

— Como quiser. Mas antes, tenho duas coisas a dizer. A primeira é que a maioria dos garotos dormiu ou está quase lá, gostaria de perguntar se você quer dormir comigo também. Estou tão sozinho naquele quarto frio.

— Vou pensar. — Cruza os braços, encarando o chão molhado — Então, qual a segunda coisa?

— Bem, se eu quisesse ter visto algo eu já o teria feito. Você tem mãozinhas tão pequenas.

Hansol ri com seus olhos fechados, tateando a porta para escapar da chuva de tapas que receberia logo em seguida. Seungkwan o acompanha na risada, empurrando o garoto para fora do local.

Pensando bem, ele estava com sono.

moans [verkwan]Onde histórias criam vida. Descubra agora