·Epílogo·

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- Oi amor, o quê aconteceu? - Yon observava um Jungkook carinhoso e preocupado falar ao telefone. - O que?! Ah mas vocês vão ver quando eu chegar aí! - Ele ergueu uma sombrancelha, fingindo irritação, encerrou a chamada e riu, encarando a tela do celular.

Jeon então se virou para a esposa e abracou-a pela cintura, fazendo a mais baixa recostar a cabeça em seu peito.

Seis anos depois do pedido de casamento, ali estavam Jeon Jungkook e Jeon Yon.

Apesar do pedido de casamento ter sido feito aos dezessete, eles se casaram apenas quando ambos completaram vinte e um.

O casório havia sido uma uma modesta cerimônia, simples, porém charmosa.

Casaram-se em uma pequena igreja, tendo apenas a família a alguns convidados prestígiando o momento.

Jungkook

Minha irmã e meu melhor amigo, logo após o meu casamento, decidiram que iriam adotar, essa foi uma ideia de Suk, que foi totalmente abraçada por Namjoon.

Ela explicou que, ao invés de adicionar mais uma criança ao mundo, ela preferia criar uma que já estivesse aqui.

Quando contaram para mim e Yon, combinamos de acompanha-los até o orfanato, afinal, era a entrada do nosso sobrinho, ou sobrinha, na família, certo?

Foi assim que Chin e Chun entraram para a família, ambos são gêmeos, apesar das personalidades opostas - o quê me lembrava muito Suk e Hoseok.

Chin é calma e passiva como o azul.

Chun é agitado e ativo como o vermelho.

Coincidência ou não, a cor favorita dos dois é roxo.

Tinham dois anos na época, e hoje fazem cinco anos.

Suk e Namjoon organizaram uma pequena festa para as crianças, festa essa que seria hoje.

Quando paramos no primeiro sinal de trânsito, peguei rapidamente meu celular e disquei o número de Suk, que após dois toques atendeu.

- Vou passar na casa da mamãe antes de ir para aí, quer que eu leve alguma coisa? - Disse um pouco mais alto que o habitual, pois o barulho da rua era alto.

- Oi pra você também, irmãozinho - Eu quase podia vê-la revirando os olhos, então murmurei um "oi" - Tudo bem, vejamos... Ah sim, o Namjoon... - Fez uma pausa e eu ouvi um som de tapa e um "ai amor, eu já pedi desculpa!" -, esqueceu de comprar os guardanapos, pode trazer?

- Okay, eu levo, tchau que o sinal já vai abrir - Me despedi, ouvindo ela apenas murmurar um "tchau" e dito isso, o sinal ficou verde, encerrei a chamada e dei partida.

Ao chegarmos lá, estacionamos na frente do pequeno, mas bonito sobrado.

Eu e Yon saímos do carro, esperei ela dar a volta no veículo, e assim que chegou do meu lado, tomei sua mão, entrelacei nossos dedos e caminhei para a porta da frente.

Bati repetidas e ritmadas vezes na porta, até escutar um "Já tô indo!" alto e estridente, ri, por imaginar quem poderia ser.

A porta foi aberta tão de repente que eu até me assustei.

Um ser ofegante e com os cabelos desgrenhados apareceu diante de nós, apoiado no batente da porta, parecia exausto.

E sem poder me conter eu gargalhei, já tendo pleno conhecimento do causador de tudo aquilo.

Quando Hoseok ergueu os olhos, abriu a boca - provavelmente pra me xingar - nada saiu, e ele apenas sorriu, um daqueles sorrisos que é impossível não sorrir junto.

Your Smile - JungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora