I wanna see you in the dark (part 1)

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Heeey peaches! Cês estão bem? Pq eu não. Eu acho um DESRESPEITO do colégio marcar uma prova no sábado e ainda por cima perder TODAS as provas. Enfim, não vim aqui pra falar do dia péssimo que estou tendo e sim pra avisar que estou quase terminando de escrever a fic \0/. Agora vamos apreciar a história.


POV Rowan

Devo ter parado em umas quatro ou cinco vitrines de lojas pelas quais passei para checar minha aparência. Não é como se eu estivesse preocupada de fato com a minha roupa ou meu cabelo, era mais porque, de algum modo, eu tentava atardar esse encontro. "Encontro", tão estranho chamar isso assim... mas a verdade é que eu não sabia se caminhava devagar para adiar o que inevitavelmente ia acontecer ou se caminhava mais rápido para que aquilo acontecesse de uma vez como arrancar o curativo de um machucado. Optei por ir mais devagar. Engraçado que as pessoas ainda me acham corajosa e super confiante.

Eu a avistei de longe na frente do cinema. Ela estava de costas, mas era impossível não reconhecer o cabelo loiro. Parei no lugar. Respirei fundo. Juntei toda coragem que consegui para poder começar a caminhar novamente com passos firmes dessa vez. Quando eu estava a pouco metros de encontrá-la, ela se virou de repente e eu senti um arrepio dos pés a cabeça. Se o Corey estivesse aqui tenho certeza que ele diria "O que diabos você está fazendo Blanchard?". Ela me deu um sorriso tímido. Pude perceber o nervosismo dela de longe. Não sabia como reagir e tentei retribuí com um sorriso de "tá tudo bem" que parecia ser mais pra mim do que pra ela.

- Rowan...

- Ava. - nos abraçamos desajeitosamente.

Pois é, pois é. Ava. Ava Phillipes. Já fazia um tempo que ela tinha mudado o status de "somos como irmãs" para "quero algo a mais". Eu nunca pude corresponder a Ava a altura do que ela merece, mas eu me esforçava para tal. E de uns tempos pra cá ela tinha investido pesado em mim e eu só deixando as coisas acontecerem, sem pressa, sem expectativas. Eu nunca mais sequer olhei para os lados depois do meu último relacionamento, porque acho que, inconscientemente, eu ainda estou esperando aquela coisa mágica que aconteceu com ela. Prometi a mim mesma que eu não ia pensar na Sabrina hoje em consideração a Ava e ia fazer o possível pra cumprir essa promessa.

- Então... - tentei puxar assunto depois daquele nosso abraço desconcertante - você escolheu alguma coisa?

- Na verdade não, eu tava esperando você pra escolher...

Era um momento mais tenso que o outro. Por mais que a gente se esforçasse para que tudo aquilo parecesse normal, mais difícil ficava. Não quero dizer que estava ruim, mas era tudo muito novo pra nós, muito recente. Nós já tínhamos saído outras vezes depois que ela se declarou, como amigas claro, só que dessa vez ela me convidou para um encontro, com todas as letras. Impressionante como uma palavra pode causar um climão desses.

Nós levamos um tempo escolhendo algum filme e ela sugeriu um de romance que eu não conhecia, mas aceitei de imediato.

- Eu espero que você não se importe com o fato do filme ser um romance.

- Ah, não! Tenho certeza que você não fez isso com segundas intenções.

- Claro que não! - rimos.

- Você sabe a sinopse do filme?

- Bom, é sobre uma garota que tem uma desilusão amorosa e aí ela acha que nunca mais vai amar ninguém até que aparece... - inclinei um pouco a cabeça e a olhei com supresa - o que foi?

- Nada.

- E porque você está me olhando assim?

- É que eu não acredito que você escolheu esse filme de propósito! - ri.

- Ok, você me pegou - ela desviou o olhar de mim - talvez eu tenha pesquisado antes e escolhi o filme mais propício para o momento.
Ela se voltou pra mim e eu corei. Nem tive cara pra continuar o assunto. Então ela chegou um pouco mais perto de mim e sussurrou no meu ouvido:

- Você fica linda envergonhada.

Ri negando com a cabeça. Trocamos alguns olhares tímidos antes de finalmente entrarmos na sala. Fingi que não percebi ela usando uma desculpa esfarrapada de não querer se perder de mim no escuro para segurar minha mão, os gestos sutis de encostar o braço no meu "sem querer" e retirar rapidamente ou até mesmo os olhares rápidos que me dava.

Quase na metade do filme ela começou a se aproximar mais, e sem medo, colocou a mão em cima da minha. Olhei para nossas mãos juntas e em seguida encarei-a. Ela não me olhava de volta, estava com o peito estufado e atenção totalmente voltada para a tela. Mordeu os lábios, suas mãos estavam frias. Só mais um pouco e eu teria um flashback. Achei melhor voltar a atenção para o filme. Senti uma respiração quente no meu pescoço seguido de:

Sobre uma Garota (Rowbrina/Rilaya)Onde histórias criam vida. Descubra agora