Sobre uma Garota (Rowbrina/Rilaya)

Baby, in my mind (part 1)

Hey peaches! Vcs acharam mesmo que eu não ia postar capítulo hoje? No jogo do Brasil? Com um feriado garantido na sexta? Nah!

POV Sabrina

"Não, você não pode ligar para o meu telefone"

E eu liguei. Mil chamadas não atendidas.

"Não, você não pode me ver porque eu estou bem melhor sozinha"

Só que eu não. Ainda estou parada na sua porta, na sua janela, na sua vida.

Abri os olhos e fui agraciada com a vista mais linda que poderia ter. O sol beijando o lago sempre fora minha parte favorita daquele lugar. O meu lugar. Nosso lugar.

O grande erro dos casais é compartilhar uma coisa muito especial que tem com o parceiro. É como contar um segredo, a partir do momento que você conta não é mais segredo. Assim que você compartilha não é mais especial.

Posso fazer uma lista de coisas e lugares que eram meus favoritos, mas hoje procuro evitar por causa das lembranças. Lembranças dela em tudo. O meu lugar espcial estava incluso nessa lista.

Me lembro de que quando nós terminamos pela primeira vez eu nem aguentava vir aqui, depois eu só o visitava para colocar as mágoas para fora. Ela foi a primeira pessoa que eu trouxe aqui e ainda por cima eu a pedi em namoro sentada no mesmo lugar onde estou agora. Nós costumávamos vir aqui nos nossos aniversários de namoro. Eu compus várias músicas para ela aqui. E ela também escreveu muitas das suas poesias do meu lado. Agora eu simpelsmente não consigo chamar mais o lugar de "meu", sendo que ela o empregnou com sua presença. Grande erro.

Fechei meus olhos de novo, como fazia nos velhos tempos, tentando me reconectar com meu ex lugar. Nunca é a mesma coisa.

- Sabrina? - uma voz suave sussurrou no meu ouvido.

Permanenci em silêncio e pude senti-la sentar do meu lado. Senti a respiração dela alta. Nossos braços; alguns centímetros de distância, longes demais para mim, mas perto o suficiente para sentir o calor do seu corpo. Meu maior medo era de que meu coração estivesse me entregando com suas batidas altas. Pedi a todas as forças do universo que não me deixassem fraquejar.

- Eu já sei de tudo. - abri os olhos para encará-la.

- Do que você está falando?

- Do que você não quis me contar em Paris.

- E-eu não entendo.

- Eu sei o que a Shannon fez. - ela se assustou - Foi por isso que você terminou comigo e vem me evitando esse tempo todo?

- Mas que porra Corey!

- Não foi ele quem contou.

- Então quem foi?

- A Shannon.

- O quê? Uau! - ela começou a rir desesperadamente enquanto eu a observava em um tom sério.

- Você não tem nada a me dizer?

- Sabrina, eu não terminei com você só por causa da Shannon, foi um conjunto de fatores.

- E algum desses fatores envolve o fato de que você não queria mais estar comigo?

- Não, - ela abaixou a cabeça - não envolve.

- Sabe que eu fiquei brava quando soube? - ri balançando a cabeça - E depois eu fiquei trsite, - ela deu um sorriso sem vontade - aí eu fiquei feliz por saber que você colocou meus sonhos na frente da sua felicidade.

- Sua felicidade sempre foi minha prioridade.

- Você devia ter me contado.

- Ela era sua irmã Sabrina, eu não quis criar um clima com sua irmã. O que foi esse arranhão no seu pescoço?

- Não sei. - ela me olhou desconfiada, mas também não insistiu, achei por bem não contar a ela sobre minha briga com a Shannon - Será que teríamos dado certo?

- Não sei...

- Eu ainda gostaria de tentar...

- Sabrina eu estava com a Ava.

- Eu sei disso. Vocês estão juntas?

- Não, mas é quase isso.

- Tudo bem.

Eu disse que estava tudo bem, mas por dentro eu estava puta de raiva. Também não disse mais nada, ela ficou calada e eu inicie minha meditação como se ela nem estivesse lá.

- Não leve as coisas para esse lado. - ela começou a falar e eu fiz questão de ignorá-la - Eu nunca tive outra pessoa na minha vida além de você e às vezes eu me sinto, sei lá, presa porque... Sabrina olha pra mim!

Ela puxou meu rosto e assim que abri meus olhos percebi o quão perto nossas bocas estavam. Os breves segundos que ficamos tão perto uma da outra eu sentia como se não conseguisse respirar. E eu até poderia arriscar alguma coisa, mas desisti.

- Diga. - delicadamente retirei suas mãos das minhas bochechas.

- Vamos lidar isso de uma maneira madura, não somos mais crianças.

- Tudo bem.

- Sabrina, nós crescemos juntas. Eu não me lembro de nenhuma outra pessoa que tenha feito tão parte da minha vida. Você foi meu primeiro tudo. Eu só queria... - ela buscava a palavra e eu resolvi completar, talvez de maneira sarcástica.

- Variar.

- Não é exatamente essa a palavra. Mas eu queria conhecer outras pessoas.

- Eu entendo. Eu fui seu primeiro tudo, né? Você ainda pode ter outras primeiras vezes com outras pessoas.

- É... não sei. Quer dizer você teve o Bradley, né?

- É.

- Seu primeiro namorado...

- Hum...

- Seu primeiro amor...

Ela estava com ciúmes ou era impressão minha? Ela me olhava como se esperasse que eu dissesse mais alguma coisa, mas eu apenas direcionei meus olhos para frente e ela fez o mesmo. Bradley, meu primeiro amor.

FLASHBACK ON

Eu tinha dispensado a Rowan em um dos nossos finais de semanas porque a Meg tinha me enchido o saco de que precisávamos conversar. Até imagino qual o assunto: Bradley. Eu fingia que não sabia que ela estava em um complô para me juntar com ele, já que eles também eram amigos.

Eu olhava a decoração do seu quarto enquanto ela listava todas as qualidades do Bradley. Fingi prestar atenção e, vez ou outra, balançava a cabeça como se concordasse com tudo que ela dizia.

Rowan: Espero que você sobreviva a ela.

Rowan: Saudades de você :/ ;(

Sorri ao ler a mensagem. Ai Rowan, que arrependimento de não ter ficado com você.

- Sabrina? - ela disse estalando os dedos no meu rosto - Será que você pode focar aqui? Quem foi que mandou mensagem?

- Rowan.

- Ah, não! De sete dias da semana, seis são todos da "Rowan". - ela fez uma voz forçada para falar o nome da Row - Desencana um pouco dessa garota.

- Tudo bem Meg! Me perdoa?

- Perdoo só se você me dizer o que raios vocês tanto fazem juntas.

- Ah, nada demais. Nós conversamos, vamos ao cinema, passamos texto...

- Tá.

- Não sei por quê você está tão brava. Quando você começou a namorar também esqueceu de mim.

- É querida, só que você não está namorando ela. Ou... está?