Flipside (part 1)

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Heeey peaches! Como anda a vida de vocês? A minha tá um caos total tentando conciliar todas minhas atividades... e o capítulo tá um lixo, eh isto.


POV Sabrina

Tem uma música que diz que nós encontramos o amor em um lugar sem esperança. Para mim, nós encontramos qualquer coisa nos lugares mais inesperados. A vida é uma verdadeira caixinha de surpresas.

- Ah sério?! Quando você descobriu isso? - o clima já tinha ficado bem mais descontraído e nós agora, sentados no passeio da rua, riamos ao lembrar de eventos passados.

- Seamless. - ele riu.

- Aaaah, mas foi uma canção sobre amizade Brad - bufei.

- Eu sei, mas também teve aquela entrevista de "não estou atrás de namorado".

- Hum... eu lembro, eu lembro.

- Eu sempre quis saber. O que foi aquilo?

- Aaah...

FLASHBACK ON

- Vocês estão solteiras, focadas no trabalho, atrás de namorado...?

Não é como se eu não ouvisse essa pergunta com frequência, mas não poderia haver momento mais propício que esse para o entrevistador fazer essa pergunta. Tudo porque horas antes eu e a Rowan tínhamos feito uma aposta relacionada a isso, de que, caso alguém nos perguntasse, ela diria que está interessada em alguém ou algo do tipo. Eu ainda quis ir mais fundo.

Sabrina: "Acho que podemos melhorar essa aposta"

Rowan: "Como?"

Sabrina: "Diga a eles que somos casadas"

Rowan: "O quê? Kkkkkkkkk"

Sabrina: "Sério, se você disser isso eu confirmo"

Rowan: "Então eu digo!"

Mas eu sabia que ela não teria coragem de dizer. Eu vi nossa aposta se consumando ali nauqele momento.

- Não estou procurando um namorado. - respondi rápidamente e olhei para ela que estava visivelmente nervosa.

Ela se aproximou do microfone para responder com meu olhar desafiador a pressionando.

- Não. Apenas... - ela engoliu em seco - vivendo a vida. - ela soltou aliviada.

Não posso explicar, até porque nem eu entendo, a felicidade que senti por saber que ela realmente não estava procurando um namorado nem afim de qualquer outro garoto. Ela gostava de mim e embora não tivesse dito isso para as câmeras, ela disse para mim, apenas com o olhar. A minha vontade era de ligar o foda-se para as câmeras, para os repórteres e para todo mundo que estava ali e... abraçar (?) ela. Eu acho que abraçar é a palavra. Eu não consigo raciocinar. Me sinto um pouco estranha.

- E quem é mais louca por garotos?

Mas o repórter realmente estava interessado na nossa vida amorosa. Enquanto a Rowan estava passando mal com aquelas perguntas eu resolvi dar uma resposta bem direta para ele:

- Eu não acho que nenhuma de nós está louca por garotos - ainda pude ouvir ela repetir o termo que o repórter usou - quer dizer, nós apreciamos o gênero masculino.

E a frase teria terminado aí se ela não tivesse rido ironicamente e eu tivesse tomado isso como um desafio. Ela acha que eu não tenho coragem?

- Tanto quanto o feminino - continuei e me envergonhei instantaneamente da minha colocação - mas não estamos loucas por garotos.

Senti seu toque no meu braço me incentivando a continuar, e não sei porquê isso me fez ficar com mais vergonha ainda. No fim, não consegui formular nada de interessante e só saíram palavras sem nexo da minha boca.

¤¤¤

- Você foi ótima ao se expressar, sabia? - ela me cutucou quando já estávamos em um lugar mais calmo.

- Sim, fui ótima gaguejando.

- Falo sério! Quer dizer, eu até ia dizer alguma coisa... - ela se fez de sonsa - mas preferi ficar calada porque achei que você ia saber lidar com a situação.

- Eu te disse: se você tiver coragem de fazer eu também tenho. Nunca vou te deixar sozinha, lembra?

- Sim, eu lembro! Mas coragem pra fazer o quê exatamente? - ela provocou chegando perto do meu rosto.

- O que você quiser.

Provavelmente passei dos limites porque ela se assustou com a minha retribuição e começou a rir nervosa.

- Meu Deus! Melhor pararmos com essa brincadeira por aqui Sab.

- E quem disse que eu estou brincando? - disse da maneira mais sexy que consegui o que fez ela me encarar com os olhos arregalados - É claro que é brincadeira sua boba! - tentei amenizar o clima tenso que tinha se formado.

- Ah, tá. - ela riu nervosa, desviando o olhar.

Eu acho tão bonitinha a maneira tímida que ela fica quando eu faço alguma brincadeira desse tipo ou me aproximo demais. Confesso que algumas vezes, poucas vezes, eu faço de propósito só para ver aquele rostinho lindo ruborizado.

Estou me esforçando ao máximo para tentar deixar ela super confortável na minha presença. Creio que esses sentimentos devem ser passageiros. Ela só está confundindo as coisas.

FLASHBACK OFF

Sobre uma Garota (Rowbrina/Rilaya)Onde histórias criam vida. Descubra agora