Foi com em um passe de mágica, e tudo mudou partimos do ódio ao amor de uma forma inexplicável. Meu mundo virou de ponta cabeça e agora eu sinto que as nuvens é o meu chão e que seus braços é o meu lar, porém apesar de tudo está bem, finalmente, eu me sinto pisando em ovos.
A noite anterior foi maravilhosa, saímos com nossas amigas e eu não tive receio em pegar em sua mão, estávamos longe do hotel e de nossa equipe, no táxi de volta pro hotel recostei minha cabeça em seu ombro sem receio e ela fez carinhos em meus cabelos foi reconfortante e aqueceu meu coração.
Eu estava plena e feliz!
Assim que entramos no hotel demos de cara com o meu pai, detalhe eu e Débora estávamos quase grudadas uma na outra e ríamos de algo e nossas mãos, bem essas estavam quase coladas num toque que para nós era discreto, mas pela expressão do meu pai não era.
-Onde as moças estavam?
Perguntou ele sério parado de braços cruzados na frente de elevador.
-Fomos jantar.
Respondi me afastando da Débora, tentando disfarçar a descarga elétrica que ainda passeava por meu corpo junto com aquela sensação de ter sido pega no flagra.
-Beberam?
Nos questionou olhando diretamente para Jéssica.
-Não Sensei, apenas jantamos.
Respondeu séria, ela tinha muito respeito por meu pai e não costumava brincar, principalmente quando notava que ele não estava de bom humor, quando sim ela arriscava uma piada ou outra.
-Amanhã vocês tem uma importante competição, todos os outros atletas já estão recolhidos, subam e vão dormir!
Disse ele com sua voz grave e firme.
Ele falava com todas, porém seus olhos estavam cravados em mim e em Débora que não conseguia esconder o desconforto perante o olhar de meu pai.
-Sim, sensei.
Respondemos em uníssono e ele nos deu passagem.
-Débora?
Chamou ele.
-Sim tio?
-Já pensou na proposta? Tomou alguma decisão?
Débora me olhou e depois pro meu pai.
-Estou pensando.
Respondeu apenas e o elevador fechou as portas.
-Huh que tenso!
Disse Jéssica quando já entravámos no quarto.
Débora estava séria e conversava entre sussurros com a Paulinha poucos passos atrás de mim e Jéssica.
Eu queria ser uma mosquinha pra ouvir aquela conversa.
-Você acha que meu pai desconfiou de alguma coisa?
Perguntei sentando no sofá cama ao lado de Jéssica, Paulinha e Débora permaneciam ainda do lado de fora do quarto.
A expressão da minha amiga mudou e ela ficou séria.
-Não sei Thay, mas ele parece que não gostou do jeito que você e a Débs estavam.
-Acha que a Débora vai aceitar a proposta? De ir para os estados unidos?
-Isso não seria bom pra vocês se ela também fosse? Vocês duas juntas lá? Não é Thay!?
Jéssica notou quando minha expressão mudou e estreitou os olhos tentando realmente entender o que significava aquela minha expressão de culpa.
...
Débora
As coisas parecem fáceis, mas são difíceis, então você luta, luta, luta e quando acha que está vencendo novas barreiras são erguidas e mais uma vez você se vê com apenas duas opções, desiste ou continua lutando até que um dia tudo faça sentido, que tudo valha a pena.
Depois que o tio André nos abordou no elevador eu e a Thay não nos aproximamos eu notei seu receio e entendi, mas percebi naquele momento o quanto seria difícil manter um relacionamento com ela, Thay era muito apegada ao tio André, e isso significava que por mais que ela fosse apaixonada por mim, acredito que ela jamais sacrificaria essa relação por mim e eu jamais a colocaria numa situação em que ela tivesse que escolher.
-Você tem certeza Débora?
Me questionaram a Paulinha depois de eu falar pra ela que desistiria de ir para os estados unidos com a equipe que incluía a Thay.
-Eu não tenho certeza de nada Paula, mas acredito que vai ser melhor.
-Você está sendo covarde!
Rebateu ela séria.
-Não, Thay é muito ligada ao tio André, ela não compraria essa briga por mim!
Suspirei.
-Você está subjugando a Thay, ela é sim muito ligada ao Sensei, mas ela é uma garota de atitude e ela jamais teria se envolvido se não fosse algo pelo qual ela quisesse lutar.
-Eu posso até esta errada Paula, mas minha decisão está tomada é melhor parar com essa história antes que ela tome proporções maiores, ela tem um futuro no Karatê, eu já tive minha oportunidade morei fora e foi uma experiência maravilhosa, mas agora eu quero fazer minha faculdade...
-Pare. -- Pediu séria. -Você está mesmo se ouvindo? A Thay não tem ambições no Karatê a não ser a de dar aulas, o que ela mais quer é fazer faculdade, ela só aceitou essa vaga por dois únicos motivos!
Paula parou de falar e ficou me olhando de uma forma intensa, me esperando entender suas palavras.
-E quais foram esses motivos?
Perguntei segurando seu olhar.
-Primeiro porque ela sempre soube que você era uma das escolhidas, ela já sabia que estava apaixonada e queria ficar perto de ti, e segundo porque o Sensei André insistiu para que ela fosse.
Permaneci calada apenas aguardando que ela continuasse falando. Sentia que tinha mais a ser dito só não sabia se eu gostaria do quê.
-A cerca de um ano ela quis parar de treinar, queria se dedicar somente aos estudos, fazer faculdade de educação física e só depois talvez voltar a treinar, ela estava focada em um futuro diferente, mas o Sensei conversou com ela e pediu pra ela esperar mais um ano e ela esperou, a Thay ama o pai, ama o karatê, mas nenhum dos dois é a prioridade dela, você não a conhece Débs, a Thay não é mais aquela garotinha que você perturbava, ela está se transformando em uma mulher e no meio disso tudo tem esse novo sentimento, não desista dela Débs, só tenha a paciência que prometeu ter.
Flechas, sim, as palavras de Paula foram como flechas em minha direção e eu apenas a ouvi e sem dizer mais nenhuma palavra entramos no quarto do hotel e encontramos a Thay e a Jéssica conversando no sofá cama, elas não nos notaram ou nos ignoraram e nos escutamos parte da conversa.
-Você desistiu?
Perguntou Jéssica séria.
-Desisti, foi tudo uma experiência maravilhosa, mas eu não quero mais isso pra minha vida...
Eu olhei pra Paulinha e me virei saindo do quarto, eu não esperei mais um segundo se quer, aquelas palavras vindas da boca dela só enfatizavam o que eu havia acabado de conversar com a Paulinha, ela jamais compraria aquela guerra por mim.
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Teeenso!
Olá geeente!
Desculpem a demora. 😍
Nossa é tanta emoção que eu nem sei o que dizer, são quase 5k porraaaa!!!
Obrigada a todas que estão acompanhando essa história eu estou sentindo o maior prazer em escreve-la.
Muuuuito obrigada!!!
Não se esqueçam de votar na história, me seguir em fim...
Vcs são fodaaaaaaH!!
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Por Trás Da Cortina (Romance Lésbico)
RomanceThay tinha uma vida perfeita, um irmão chato, pais legais, um namorado lindo, duas melhores amigas... Estudava, era a melhor atleta da equipe feminina de Karatê. Então a Diaba, resolve voltar e destruir com todas as suas estruturas. Débora é sua cun...