Levei Alessandra ao campus da universidade, ela entrou ainda muito assustada, mas parecia mais tranquila, dei um beijo nela e logo depois fui para o trabalho.
– Bom dia Seu Paulo.– Bom dia Precisamos conversar. – Bom, se você tem mais de 10 anos de idade sabe que essa frase não é boa de ouvir de modo algum.
– Claro Seu Paulo, eu esqueci de alguma coisa?
– Na verdade eu esqueci.
– Esqueceu de quê?
– Eu lhe disse que não aceitaria envolvimento com clientes. O que está pensando?
– Do que está falando Seu Paulo?
– Não precisa mais fingir senhora Julia, eu vi as fotos, todas elas.
– Fotos, que fotos?
– As que mandaram pela internet como um vírus que se propaga e sai poluindo tudo.
– Desculpa Seu Paulo, mas realmente não sei do que está falando.
– Não sabe? Olha aqui no meu celular.
Quando bati os olhos no celular do Seu Paulo haviam vária fotos minhas com a Alessandra no dia em que saímos pra balada, no dia da praia, enfim haviam fotos nossas juntas em vários momentos eu não podia negar e na verdade nem queria, e nem tinha como.
– Seu Paulo olha o senhor sempre me aceitou, e eu não vejo o menor problema em nenhuma dessas fotos.– Acontece que isso aqui já é demais, aceito você ser lésbica e ficar na sua agora pegar mulher aqui não.
– Seu Paulo não sei se o senhor sabe, mas entre mil coisas que significam ser lésbica uma dela é ficar com mulheres, não qualquer uma, mas uma que a gente goste muito. Esse é o meu caso.
– Saia agora do meu estabelecimento.
– Seu Paulo, eu não tenho como arrumar outro emprego, não pode me demitir.
– Eu sinto muito Julia, quis ajudar, mas isso já é demais para mim.
Arrumei minhas coisas e fui para casa, ainda desconsolada com toda aquela situação, eu não sabia como aquelas fotos tinham se espalhado, não fazia ideia. O que eu sabia é que estava demitida, e agora estava ferrada também. Saí da loja com minhas coisas e fui para casa, assim que cheguei liguei imediatamente para Alessandra.