Mais tarde fui até o apartamento de Alessandra e não me surpreendi ao ver quem veio me atender.
- Oi amiga da Alessandra tudo bem?
- Sim. A Alessandra está Jonas?
- Sim ela está no banho que entrar?
- No banho? E você estava fazendo o quê?
- Eu estava assistindo um programa de receitas sempre assisto.
- Receitas?
- Sim.
- Sabe cozinhar?
- Não, eu só gosto de assistir. Na verdade, eu gosto mesmo de roupas.
- Roupas?
- Sim, admiro a Ale, ela é corajosa em fazer em moda é ousada.
- Você não é advogado?
- Sim, adoro advogar. Mas na verdade eu tenho vário hobbies
- Sei.
- E você? Aposto que gosta de The L World?
- Eu gosto, como sabe?
- É o melhor seriado que existe. Na verdade eu acho que deveria ter um tipo desse só de homens.
- Como é?
Nesse momento Alessandra chegou.
- Oi Ju.
- Nossa! Está linda!
- Obrigado Jonas. - Disse Alessandra.
- Vocês vão sair
- Sim.
- Que bom. - Disse Jonas.
- Jonas, sinta-se em casa.
- Pode deixar.
Saímos do apartamento e pegamos o elevador.
- Ele é gay?
- Não sei. Que pergunta é essa?
- Só pode ser gay.
- Não seja preconceituosa, falou de mim, mas está fazendo igual, ninguém só pode ser gay, cada um tem seu jeito Julia. Se bem que se ele fosse até que seria bom.
- Mas vocês já namoraram?
- Sim, eu sou lésbica ele pode ser gay.
- Ele é gay?
- Eu já disse que não sei. Porque não perguntou a ele?
- Sei lá, eu mal conheço ele.
- Acredito que ele não seja, mas tenho uma notícia boa. Ele disse que não quer fazer o jogo do meu pai. Não quer namorar comigo como meu pai queria que fosse. Só vai passar um tempo aqui.
- Por que ele é gay.
- Por que acha que todo mundo é gay, o mundo não é gay.
- Ele assiste programa de receitas e não que ser "chef".
- Isso é preconceito Julia.
- Não. È Gaydar.
- E daí ele gosta de cozinhar?
- The L world?
- O que tem?
- Ele assiste.
- Deve ser tarado por lésbicas.
- Sei.
- Sabe de uma coisa o que tem a ver isso? O fato é que não precisa se preocupar, ele não vai tentar te matar nem a mim. Então poderíamos para de falar da sexualidade duvidosa do Jonas?
- Ele sabe de nós?
- Não, eu ainda não contei.
- Pretende?
- Não sei. Escuta temos coisa séria a falar.
- O quê?
- Meu pai. Eu não sei por que ele veio.
- Você não tinha falado que ele veio a negócios?
- Foi o que ele disse, mas é final de semana não faz sentido.
- Tenho uma ideia, e se você perguntasse ao Miss Jonas?
- Miss Jonas? O que é isso? Você é louca.
- Vai saber.
Ela me olhou e me beijou.
- Acha que ele saberia?
- Bom, se o seu pai mandou que ele viesse.
- Mas e se ele não mandou?
- Como assim? Está na cara que esse Jonas é pau mandado, ele é gay.
- Que diabos tem a ver uma coisa com a outra, você também é gay. As pessoas mandam em você?
- Não.
- Então estou mandando que para com isso. - Disse Alessandra impaciente.
- Já parei.
- Obrigada, mas você tem razão vou perguntar ao Jonas sobre o meu pai.
- Está bem. Quer tomar um sorvete?
- Não. Eu não vou poder ficar por aí hoje.
- Por aí?
- Sim. Meu pai está em algum lugar no Rio de Janeiro e pode nos ver.
- Mas ele não disse que ia voltar?
- Disse, mas ele é o meu pai. Nunca diria a verdade.
- Está bem. Então hoje acho que vou ficar sem você.
- Vai ser por pouco tempo, logo isso acaba o Jonas se manda junto com o meu pai e agente volta a ficar juntinha. Pode passar um tempo lá em casa.
- Isso é bom.
- Esse é o número do meu telefone.
- Nem acredito que esse tempo todo ainda não trocamos.
- Sim. Tenho que ir, e você direto para casa senhorita "Ninguém manda em mim"
- Está bem. - Disse eu dando um beijo no rosto de Alessandra e observando enquanto ela se afastava.
