Desconfianças

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– Mais é a minha carteira, o que faz aqui.

– Levantei, coloquei uma cadeira e peguei a carteira no alto do armário.

– Amor já está acordada?

– Fica longe de mim, bem longe.

– Que isso amor o que você tem?

– Eu disse para ficar longe de mim não se aproxima.

– Que isso na sua mão?

– Isso é minha carteira;

– Amor eu não quero te roubar eu sei que você foi despedida, e eu não vou te roubar nesse momento. Se bem que depois de você ter dado a minha bolsa na mão de um bandido merecia.

– Para de se fazer de boba. Essa carteira tinha sido roubada. E agora apareceu aqui.

– Tinha aonde? Eu nem sabia disso.

– Eu não te falei que armaram para mim lá na minha cidade?

– Você está me deixando confusa. Você comentou, mas não entrou em nenhum detalhe.

– Cadê a mala?

– Mala? Que mala Julia?

– Com as minhas roupas você sabe de alguma coisa. Eu sei que sabe.

– Amor se controla, eu não faço ideia do que você está falando.
Eu fui chegando perto de Alessandra com calma, afinal ela podia estar armada.
– Olha aqui você ficou maluca de vez Julia
O que eu não sabia é que Alessandra também estava preparada para tudo, e quando me aproximei dela ela me deu um soco no ombro que doeu até a alma eu caí. Gente de onde essa mulher tirou tanta força?
– Você ficou maluca? Isso doeu.

– Você que ficou louca, dizendo que eu te roubei entre outras coisas sem sentido nenhum.

– Precisava me agredir?

– Você estava me acusando de roubo. Qual seria o próximo passo?

– Garanto que eu não ia bater em você.

– Você está bem?

– O que acha?

– Eu vou pega gelo.

Ela foi até a geladeira e trouxe gelo colocou em meu braço e me deu um beijo.

– Desculpa.

– Tudo bem eu também pirei legal.

– Será que eu posso tentar entender agora?

– Primeiro me diz se me roubou?

– Claro que não.

– Está bem. Lembra que te falei que alguém me ligou?

– Sim e você foi para sua cidade e chegou lá seu pai não tinha ligado. O que tem isso?

– Então quando cheguei lá, fui telefonar e deixei minha mala na casa de uma vizinha. Só que quando voltei alguém havia dado uma porrada nela e roubado minha mala com tudo o que tinha dentro.

– Mas e daí?

– E daí que essa carteira estava na mala e não faz o menor sentido ela aparecer aqui na sua casa.

– Vendo por esse lado não faz sentido nenhum mesmo.

– Alessandra, você?
– Nem pense em perguntar sabe que eu jamais faria isso. Aliás nem teria como.

– Então.

Paramos como se tivéssemos encontrado o paraíso na terra, ela assustada e eu mais ainda. Então em um relance parece que disparamos em pensar juntas e gritamos.
– Jonas.

– Não pode ser, ele não sabe nada de você. – Disse Alessandra.

– Tá mais e se ele estiver envolvido com quem sabe, sei lá para ganhar um dinheiro me matando quem sabe.

– Você disse que essa história do patrão do seu pai não era assim tão grave. Como assim te matar?

– Eu sei o que eu disse. Eu só não queria que ficasse nervosa.

– O que mais eu não sei?

– Eu fui ameaçada no aeroporto, alguém sabia meu número e ligou me ameaçando depois desligou.

– Desligou e disse o quê?

– Disse o quê?

– É Julia disse o quê.

– Disse que eu já tinha inimigos de mais e não queria ser mais um.
.
– Mas espera, se a pessoa disse que tem inimigos e você estava vindo para o Rio isso significa que alguém aqui está trabalhando para ferrar com você.

– Mas quem? Alessandra. – Disse eu olhando novamente para ela com ar desconfiado.

-Não ouse.

– Tudo bem.

Pode ser amorOnde histórias criam vida. Descubra agora