A Conversa

3.1K 249 1
                                        

Parecia piada, mas enquanto eu desconfiava de Alessandra nem eu sei por que, Jonas chegou eu estava sentada na mesa da cozinha. A raiva foi tão grande que levantei da mesa como se fosse pular um muro, mas pulei foi no pescoço dele.
– Boa Noite meninas lindas

– Não vem com essa de boa noite não. Eu te mostro o boa noite seu idiota.

– Julia quer se acalmar. – Disse Alessandra levantando às pressas para me desgarrar do pescoço de Jonas.

– Mas o que está acontecendo? – Disse Jonas com o rosto vermelho.

– Ah você não sabe?

– Não, eu não sei.

– O que isso te lembra?

Perguntei levantando a carteira para que Jonas pudesse ver.
– Nossa, você achou. Ainda bem que lembrou.

– Lembrei de que?
– Hoje de manhã deixaram essa carteira, perguntaram se você morava aqui e a deixaram eu peguei e guardei ai em cima para não perder, mas acabei esquecendo de avisar.
– Jonas nem para mim você falou nada? – Disse Alessandra.

– Puxa meninas estou envergonhado nem sei o que dizer.

– Onde você estava Jonas? Hein? – Eu disse nervosa.

– Alessandra qual o problema da sua namorada?

– Nenhum Jonas ela só está nervosa. Vem amor vamos conversar lá em cima.

– Se tem alguém aqui que vai para o andar de cima, esse alguém não sou eu.
– Ótimo senso de humor, vamos.

Eu fiquei estagnada na sala olhando na cara do sujeito. Aquela história não me coube. Eu não acreditei em nenhuma palavra do Jonas com certeza ele sabia de alguma coisa e estava metido naquela história.
– Você ficou doida Julia?

– Não ele roubou minha carteira, você não vai falar nada sobre isso?

– Você não está usando a lógica. O Jonas estava aqui enquanto você viajava eu estava com ele não faz o menor sentido.

– Você viu ele receber alguma coisa de alguém?

– Não, mas posso afirmar que ele não foi até a sua cidade te roubar.

– Então como essa carteira veio parar aqui?

– Escuta, se quer descobrir isso não pode fazer muito barulho

– Como?

– Vamos agir com ingenuidade. Você só confia em mim e eu só em você. Não conta nada para ninguém.

– E o Jonas? Ele mora aqui.

– Ele está indo embora na semana que vem. Menos um.

– Está bem? Como vamos fazer?

– Olha, primeiro você tem que esquecer assunto. Já teve tanto stress hoje precisa se acalmar.

– Tem razão.

– Posso confiar que vai se acalmar?

– Pode.

– Dorme aqui essa noite.

– Não, eu não quero ficar aqui com seu amigo gay e não quero perturbar você

– Você não é gay não né? Nem sabe nada sobre isso.

– Eu não gosto dele, só isso.

– Ele não precisa saber. Existe um ditado que diz, mantenha os amigos perto e os inimigos mais perto ainda.

– Lindo e tem um que diz. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

– O que isso tem a ver?

– Quebrar, partir, furar é o que eu quero fazer com a cara dele.

– O quê?

– Esquece.

– Olha, você vai descer pedir desculpas e tentar se acalmar. Somente isso.

Nós descemos a escada, e tive que pedir desculpa ao Jonas. Mas aquela história ainda não tinha me convencido.

Pode ser amorOnde histórias criam vida. Descubra agora