Encarando De Frente

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Na Segunda de manhã, Alessandra acordou totalmente desmotivada, ela sabia que ir a faculdade naquele dia era quase como pedir para ser zoada pelas supostas amigas, mas precisava encarar de frente apesar do medo não permitir muito.

– Alessandra?

– Escuta Pamela, eu não estou afim de conversar.

– Nem eu. Eu quero é te zoar.

– E ganha o que com isso?

– Me fala como é beijar a boca de uma mulher, e gostoso?

– Não precisa fazer isso

– Claro que preciso eu faço questão de que todos saibam que a representante da turma é gay.

– Primeiramente, eu sou lésbica. E segundamente, vai ganhar o que com isso?

– Não sei, quem sabe eu não fico tão popular quanto você era.

– Achei que fôssemos amigas.
Um menino chamado Brad do qual Julia sempre zombava por que usava sapatos e roupas feias se aproximou.
– Alessandra você ria dos meus sapatos, mas na verdade adora um sapatão não é?

– Não seja ridículo Brad.

– É verdade Brad a Alessandra ria de você por que na verdade ela não gosta muito da fruta.

–  Me diga como é ser lésbica.?

Milhões de pessoas falavam ao mesmo tempo, a cabeça de Alessandra parecia que ia pifar quando Julia chegou.

– E você digam. Qual foi a última vez que se olharam no espelho?
– Julia. – Disse Alessandra me abraçando.
– Oi querida.

– Senhoras e senhores, chegou o macho da relação. – Disse Pâmela.

– O que faz aqui? Como sabia que eu estudava aqui? – Disse Alessandra com o rosto vermelho e bastante nervoso.

– Eu perguntei ao Jonas, imaginei que teria problema e precisaria de mim.

– Eu me olhei no espelho e não sou gay. – Disse Brad

– É mesmo. E qual seu nome? – Eu fiz essa pergunta com a maior e única das vontades de arrebentar a cara daquele palhaço.

– Brad.

– Brad. Se você não for o Brad Pitt. Esse nome é ridículo.

– O quê?

– O que você ouviu, e me diz uma coisa quando foi mesmo que você teve uma ejaculação precoce vendo filme pornô lésbico?

– Nunca.

– Oh! É mesmo? Com esses músculos sarados, aposto que toma bomba.

– Eu não te conheço, quem pensa que é para falar assim comigo?

– Não, e nem vai querer conhecer. E vocês?

Falei gritando e com muita raiva.
– Vocês são um monte de medíocres pobres de espírito nunca vão ser completamente felizes por que o preconceito idiota de vocês só está atingindo a vocês mesmos.
– Julia não precisa fazer isso.

– Vamos, preciso sim. Vamos embora daqui.

– Vai me levar para casa?

– Nunca. Você vai assistir aula com todo mundo e se um idiota desses toca num fio de cabelo seu eu mato. – Caminhamos na direção oposta aquele bando de idiotas e Alessandra falou baixo.

– Às vezes você pensa que é muito forte.

Todo mundo saiu olhando para nós duas de cara feia, mas logo se afastaram. Alessandra passava um pouco mal, mas era só o stress então eu a levei para tomar um suco numa lanchonete próxima dali

– O que faz aqui não estava viajando?

– Sim é uma longa história.

– Conte-me.

– Alguém armou para eu viajar.

– Como assim?

– Armaram para e ir até a minha cidade, iam fazer algo, mas acho que desistiram.

– Eu te disse que era perigoso.

– Eu sei, mas para todos os efeitos não aconteceu nada estou bem.

– Eu não estou muito. Não sei como vou lidar com isso.

– Não esqueça do que eu disse. É o que você pensa e não o que dizem.

– Eu sei. Mas não é fácil, que bom que veio.

– Eu disse que estaria sempre aqui.

– Disse. Você é um amor.

Nesse momento Bruna, a mesma menina que estava com Pamela no dia da praia se aproximou.

– Ale.

– Bruna. Ah não acredito você veio até aqui para rir de mim?

– Eu deveria, você e a Pamela já humilharam muita gente na faculdade quando eram amiguinhas é merecido você sentir um pouco do seu veneno.

– Era só o que me faltava.

– Mas não vim aqui para isso.

– Então para quê?

– Vim dizer que eu não tenho preconceito com você.

– Você é lésbica também? – Disse eu em tom de sarcasmo.
– Julia, para com isso.

Alessandra me cutucou.

– Que foi? É ou não é? – Permaneci na pergunta.

– Não sou, mas não tenho nada contra. Vejo vocês como um casal normal. E acho que a Pamela é uma idiota.

– E vai fazer o que dizer a ela?

– Eu até poderia, mas não vou perder meu tempo. Quanto à você, sabe que ela vai infernizar não sabe?

– Eu sei. Eu que pensei que ela era a minha amiga. E o Brad dizia que era apaixonado por mim.

– Ah é mesmo um cara apaixonado pela minha garota.

– Se manca Julia isso não é hora para isso.

– É mesmo Julia sem contar que é um ciúme ilógico a Ale nunca deu mole para ele. – Disse Bruna.

– Quem bom Ale.

Ela sorriu e me abraçou.

– E você Bruna, sabe como a Pamela é se ela te ver comigo vai arrumar um jeito de te afastar.

– Não parece, mas eu tenho personalidade e quero ser amiga de vocês, e esquecer que a idiota da Pamela existe. Até porque sempre fomos amigas, depois que vocês começaram feito idiota muita gente se afastou, mas

– É um bom começo na sua regeneração, meu nome é Julia.

– É eu sei eu sou Bruna.

– Prazer Bruna.

– Vamos voltar para o campus me leva de volta amor – Disse Alessandra.

– Está bem vamos.

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