O Mistério Da Carteira

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Assim que Alessandra saiu comecei a trabalhar no projeto. O projeto era o seguinte, ela tinha a prática e eu a teoria. O problema é que Alessandra não tinha a menor ideia de como começar a desenvolver uma roupa e tão menos como vender e divulgar aquilo por cartazes e propaganda e eu, eu sabia disso muito bem. Só não sabia desenhar nem fazer roupas, mas tinha ideias brilhantes de como poderiam ser. Então fazíamos um belo time. Jonas ainda estava na cozinha, preferi não sair do quarto enquanto ele estivesse em casa, afinal esbarrar com ele me dava úlcera. Enquanto eu pensava em uma super criativa para o trabalho, Alessandra pensava em algo que a fizesse não matar suas supostas amigas na faculdade.
– Bom dia Lésbica.

– Qual a graça que você acha nisso Pamela.

– Não sei, mas é engraçado.

– Escuta aqui se eu fosse você parava de me encher.

– Ah é e por quê? Vai fazer o quê?

– Porque eu estou pedindo.

– E se eu não quiser?

– Ai vou ter que pedir para calar a boca.

– É mesmo?  E se eu não quiser fazer isso também?

– Escuta aqui garota.

Nesse momento Bruna entrou no meio e separou as duas antes que se enrolassem numa briga.

– Parem vocês duas.

– Foi ela quem começou Bruna você não viu?

– Isso não importa. Será que você não percebe que é exatamente isso que ela quer?

– Quer dizer que Bruna entrou no brejo também? – Disse Pamela.

– Cala a boca Pamela eu só quero ajudar.

– Mudou de time mesmo hein!

Bruna levou Alessandra para outro lugar, as duas foram para lanchonete e começaram a conversar.

– Você está legal?

– Estou ótima Bruna, obrigada.

– Por nada.

– Agora pode ser sincera. O que você quer?

– Como assim Ale?

– Por que está me ajudando?

– Você é minha amiga sabe disso.

– É, a Pamela também era. E você era amiga dela.

– Eu sei, mas eu nunca fui a favor das coisas que vocês faziam, vocês zoavam de todo mundo na faculdade. Vocês zoavam de mim também porque eu sou bolsista não tenho dinheiro para pagar.

– E me diz porque não se revoltou contra mim ao invés de querer me ajudar? Por que se revoltou contra ela? E não contra mim?

– Olha, isso não importa.

– Importa para mim.

Pode ser amorOnde histórias criam vida. Descubra agora