capitulo 13

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Fiz um pedido para colocarem a musica em uma parte do capitulo, espero que escutem.

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Pov. Lauren

Chego em casa e tiro a jaqueta. No fim, ficou comigo. O perfume de Camila está misturado ao meu, não sei mais o que é meu ou dela. É como se nossos perfumes tivessem transado por nós. Viro o trinco da porta. Acho que Zac não vai chegar tão cedo, mas quero um pouco de privacidade.

Meu primeiro pensamento é ir para o banho, depois mudo. Logo quando tenho a intenção de ligar para a garota no dia seguinte, me lembro do óbvio: não tenho o número. Foi para o meu celular que liguei da última vez.

Só tem um jeito de conseguir.

— Zac, quero o telefone da Camila. Arranca dessa pirralha aí. — digo quando meu primo atende.

— Prima! Boa vida essa, hein! — ele zomba. Está bêbado.

— Tá no bar ainda? Quem vai te trazer? — Incrível como agora esse lado desperta em mim. É como ter um filho sem fazer a parte boa.

— "Vou de táxiiii, cê sabeeeee..." — Afasto o telefone do ouvido porque o puto resolveu cantar a música da Angélica.

— A Vero tá aí? — pergunto quando parece que ele terminou de cantar. — Passa pra ela.

Não demora muito e Vero atende.

— E aí, pegou?

Filha da puta! Eu sabia que seria a primeira pergunta que me faria. Vero é educada demais para perguntar:

"E aí, comeu?" E, sei lá, pela primeira vez acho que a pergunta não se encaixaria com a garota. Eu, por outro lado, poderia ter me encaixado. Aff... Tudo o que tiver de analogia vou usar até comer... Não, até transar. É, transar é melhor. Pelo menos não é fazer amor. Aí seria apelação para mim. Transar é mais que suficiente.

— E aí, pegou? — Vero repete.

— Nah. Quer dizer, sim, mas não finalizei. — Sento no sofá.

— Ai, Jauregay. Você sabe o que dizem, sempre tem uma primeira vez. — ela diz assim, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Coloco a mão no rosto e balanço a cabeça antes de responder.

— Meu equipamento continua funcionando muito bem. Ela quis ir pra casa e eu levei.

— Sem tentar levar pra um motel?

— Sem tentar. — Coloco os pés sobre a mesa, porque a casa é minha e eu posso.

— E pra que me ligou? Ficou carente? Precisa de atenção? Apoio? Quer que eu cante uma música pra você dormir? — Ela se mata de rir do outro lado.

— Porque quero o telefone dela.

— Porra... — a surpresa marca seu tom de voz.

— É...

— Jauregay!

— É! Consegue o número com a irmã dela aí, vai? Fico te devendo uma.

— Duas.

— E você, pegou? — Reclino a cabeça para trás, me acomodando melhor.

— Yeap! E vou sair com ela quando o bar fechar.

— Iglesias...

— Pois é.

Ficamos mudas, cada uma pensando na sua noite. Eu, pelo menos, estou. Vero e eu não somos do tipo amigas que conversam muito pelo telefone. Normalmente tem algumas cervejas entre nós.

Coração perdido (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora