Coração perdido (G!p)

Capitulo 16

Olha só quem demorou, mas já chegou kkk fico feliz que tenha mais gente ativa. Espero que continuei acompanhando, fico feliz com os comentários. 

SEM MAIS PAPO, VAMOS AO CAPITULO QUE É O QUE INTERESSA.

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Pov. Lauren

Passo em casa para tomar um banho rápido. Não quero assustar Camila com essa quantidade de sangue em mim. Quando saio do banheiro, enrolada na toalha, Zac entra e vê minhas roupas manchadas.

Ignoro sua reação e vou para o quarto, mas, antes que eu feche a porta, ele a empurra.

— Que porra é essa? — questiona, segurando minha camiseta branca manchada. Depois franze a testa, e vejo sua preocupação. — Tá machucada?

— Não.

Zac corre os olhos pelo quarto à procura de pistas. Não vai encontrar nada. Limpei tudo antes de sair. Ele estreita os olhos, como uma águia, e me encara.

— O que você fez?

— Moleque... — É um aviso.

— Moleque uma merda! Você usou de novo?

— Zac, sai daqui. — seguro a porta aberta.

— Porra, Lauren! Porra! Quer se matar?

— Preciso me trocar. A mãe da Camz tá no hospital.

— Péssima escolha de palavras. E você sabe por quê? Eu sei. A Sofia me ligou. Overdose, garota! Overdose! Overdose! — ele repete sem parar, e percebo que está convivendo demais comigo. — É isso que quer pra você? Que um dia eu faça uma ligação desesperada pra alguém? É isso? — ele empurra meu peito, e preciso segurar a toalha antes que caia. Visto uma boxer preta e sento na cama, enquanto Zac segue emputecido. — A Sofia me disse que a Camila tá desmoronando lá, que ligou para minha prima filha da puta e ela atendeu o telefone, mas não respondeu. O que você tá fazendo, Lauren?

— Vou pra lá agora. — tento me defender, abrindo o guarda-roupa e pegando uma camiseta azul.

— Laur, pensa no que você está fazendo, por favor.

Não sei o que é, se ele percebe que brigar não adianta ou se simplesmente explode, mas meu primo senta no chão encostado à parede e começa a chorar.

Primeira crise de choro depois que perdeu a família.

Estava demorando.

Visto a camiseta e me ajoelho perto dele, tocando suas costas. Ver meu primo assim me machuca. Sua cabeça está apoiada nas pernas, e ele não consegue se controlar. Não sei o que fazer. Zac é o único da família que sabe o que eu vivo. Minha irmã, Taylor, sabia. Mais ninguém. Minha mãe não quer enxergar o óbvio, e, honestamente, eu até entendo.

Ver o Zac desabando assim, por minha causa, é como um murro no estômago. Estou magoando quem já foi destroçado pela vida e isso me incomoda demais.

Suas costas sobem e descem enquanto ele, apenas um menino, tenta me alertar.

Antes eu era sozinha, e o que eu fazia refletia apenas em mim. Pouco me importava se eu morresse e fosse encontrada dias depois. Mas, de uma hora para outra, ele apareceu e por ser tão calado às vezes nem me dou conta de como o afeto. Agora, se eu morrer, é ele quem vai me encontrar. O choque me abala e enxugo uma lágrima.

A coisa mudou de figura. Não estou rumando sozinha para o precipício, estou levando outras pessoas comigo. Não sou diferente da garota que matou minha família. Posso me tornar uma assassina como ela. Por tabela, é verdade, mas ainda assim vai ser minha culpa.