Capitulo 34

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Eu me apeguei bastante a essa fanfic e estou tão triste por acreditar que está perto do fim. Mas mesmo assim estou com a sensação de tarefa concluída por saber que não deixei ninguém na mão e finalmente estou finalizando. Bom, falta apenas 4 capitulo para essa fanfic chegar ao fim, vocês estão triste com isso? Eu estou até demais.

Vamos ao que interessa,bjss

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Pov. Lauren

Acordo assustada no meio da noite e procuro o interruptor perto da cama. Acendo a luz e me sento, com a respiração acelerada. Ainda é madrugada.

Seguro o edredom entre os dedos e não lembro a hora em que peguei no sono, nem de ter me coberto. Uma fração de segundo é suficiente para que eu me recorde da noite anterior. Minha boca seca e me levanto para tomar um copo de água, tropeçando no coturno que deixei no meio do caminho. O apartamento está frio e estou de boxer. Rapidamente sinto meu corpo se arrepiar.

Vero não está mais na sala e há um bilhete sobre a mesinha.

"Quando acordar, me liga. Tô pensando em tocarmos alguma coisa hoje à tarde, antes do meu turno na balada. O que acha?"

Olho para a porta, sem precisar verificar se está trancada. Vero tem uma chave daqui, assim como eu tenho uma do loft dela.

Percebo que o chuveiro está ligado apenas quando alguém o desliga.

Na mesinha, no hall de entrada, está o capacete do Zac, indicando que ele chegou em casa. Meu primo abre a porta do banheiro poucos segundos depois, então sei que ele só se enrolou na toalha e saiu pingando, mas não estou a fim de brigar por isso agora.

— Achei que ouvi a porta do seu quarto abrindo — Zac diz assim que me vê e quase sinto culpa por ter ficado brava pela molhadeira. Isso até ver uma poça de água se formando no piso de madeira. — Ah, desculpa — ele segue o meu olhar e faz uma careta.

— Relaxa. Quer comer? — digo, indo para a cozinha.

— Vou me trocar e já volto.

Ele retorna em seguida, olha para mim parado na porta por alguns segundos e depois abre a geladeira, tentando agir como se nada de mais estivesse acontecendo. Um calafrio percorre meu corpo e o aviso que vou vestir uma roupa antes de preparar uma fritada para nós. Ele murmura algo em resposta e saio da cozinha. Eu me troco rápido e me sento na cama. Não quero voltar para lá ainda.

Coloco a cabeça entre as mãos e o passado retorna. É quase um déjà-vu do que estamos vivendo hoje.

Era uma sexta-feira bem fria quando saí da clínica de reabilitação. Vero me avisou que meio mundo queria me buscar e eu disse que não queria ver ninguém. Já imaginava como seria todos eles ali, o bando inteirinho com palavras de apoio e até cartazes motivacionais, se bobeasse. Eu tinha perdido a Camila, mas parte dela, seus amigos grudentos, havia ficado. Eu nunca soube explicar em que momento deixei de ser a pessoa solitária para me tornar a pessoa cheia de amigos preocupados o tempo todo. Mesmo que eles queiram meu bem, isso é sufocante pra caralho.

O caminho para casa foi tranquilo, mas silencioso. Quer dizer, havia música tocando no rádio. Eu é que não queria falar muito.

Vero e Zac respeitaram isso.

Não dá para comparar a reabilitação com uma cadeia, mas, de certa forma, era uma prisão. Aquilo me mudou. Durante muito tempo estive em conflito comigo mesma. Até entender que o que eu sentia como prisão era o que estava salvando a minha vida.

Coração perdido (G!p)Onde histórias criam vida. Descubra agora