Sweet Creature

Capítulo 5

Notas: bom dia, xuxus.

Vocês estão gostando da ficzinha? Comentem pra eu saber. <3 Boa leitura!

Lauren Point of View.

Acordei na manhã seguinte com o barulho da chuva. Uma chuva pesada, que resolveu cair de uma vez só naquela manhã de sábado.

Aos poucos o vento e as gotas pesadas me fizeram voltar à realidade. Abri os olhos tentando me adaptar a claridade que as sete horas da manhã trazia, conforme informado pelo despertador posicionado em cima do criado-mudo diretamente ao meu lado.

Obriguei a mim mesma a não me mexer, travando uma batalha épica contra minhas pálpebras. Aos poucos recobrei a consciência, o que me fez notar as dores no meu corpo enquanto tentava virar de barriga para cima na cama.

— Merda!

Não consegui ouvir minha voz, que saiu em um sussurro. Optei por permanecer de bruços por algum tempo, já que ficar imóvel parecia ser a única ação que conseguia desempenhar sem sentir dor.

Foquei-me no barulho agradável que a chuva fazia do lado de fora sem querer raciocinar ainda, e me vi embalada por aquele som.

Podia jurar que indícios de um sonho começavam a se formar na minha imaginação, quando fui assustada por um trovão, não muito forte, mas que ainda assim foi o suficiente para fazer com que eu abrisse meus olhos outra vez.

— Merda!

— Hmmmmpf.

O susto fez com que eu me virasse na cama mais rápido do que desejava. Senti novamente as dores no corpo se manifestando sem piedade, mas não foi o suficiente para que eu desviasse minha atenção da mulher que, também de bruços, se mexia timidamente ao meu lado, ainda de olhos fechados.

Os cabelos de Dinah estavam, ainda que eu achasse impossível, mais desalinhados do que o normal. Seu rosto estava quase enfiado no travesseiro macio, e um lençol cobria apenas a área de seu corpo que não devia ser vista, deixando seus seios nus.

Continuei a fitando, sem saber o que fazer, e então flashes da noite anterior vieram à minha memória: Dinah pagou para ficar comigo o resto daquela noite. Nós fizemos sexo até as quatro da manhã. E então, nós apagamos na minha cama.

— Ah, merda!

Eu imaginava que ela fosse ficar irritada em acordar na cama de uma prostituta, mas isso era inevitável. Ela despertaria a qualquer momento, então me veria ao seu lado, lembraria do que aconteceu e sairia do The Hills o mais rápido que pudesse.

Depois de alguns minutos pensando, cheguei à conclusão de que talvez fosse melhor acordá-la de uma vez e fazê-la ir o quanto antes. Na verdade, eu teria feito isso imediatamente se não estivesse admirando-a praticamente de boca aberta, como uma completa imbecil.

Não havia como negar: Dinah era absurdamente linda.

Era uma beleza quase imoral, quase sobrenatural. Mas tudo nela conseguia ser perfeito, tão deslumbrante, que eu começava a me perguntar se aquela beleza era ao menos possível.

Como se pudesse ler meus pensamentos, ela sorriu. Um sorriso tão simples e tão devastador que me fez perder um pouco o fôlego, já instável pela situação. Devia ser um sonho bom ou no mínimo agradável para fazê-la sorrir, e desejei íntima e profundamente, sem saber por quê, que eu estivesse de alguma forma naquele sonho.

A chuva começou a cair com ainda mais força, por hora me libertando de meus devaneios.

Me levantei da cama com dificuldade rumo ao banheiro, fechando a porta com cuidado ao passar por ela. Lavei o rosto penteando meus cabelos com os dedos, sem sequer olhar para o espelho, deixando um bom banho para depois – depois que eu tivesse com Dinah fora do meu quarto.