Capítulo 33

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Notas: boa tarde, xuxuzinhos. 

Comentem o capítulo, por favorzinho com açúcar. Eu tô postando capítulos bem grandes mas vocês quase não comentam. :(

Enfim, boa leitura. <3

Lauren Point of View.

Havia apenas duas malas no quarto. Uma minha e outra de Dinah. As restantes permaneciam exatamente onde estiveram à noite anterior toda, ao pé da escada. Arrumaríamos os armários mais tarde.

— Bom dia, amor! – Ela me recebeu com uma voz entusiasmada na cozinha, preparando algumas torradas enquanto passeava de lá para cá com um pano estrategicamente dobrado sobre o ombro, dando aquele ar de "chefe de cozinha".

— Bom dia, Dinah. – Respondi ainda sonolenta, mas ao sair do corredor forrado por um carpete creme (assim como o restante da casa) e entrar na cozinha, com o piso de madeira corrida lisa, o atrito entre a minha meia e o chão não foi o suficiente para me manter equilibrada.

Escorreguei um pouco, patinando de forma idiota enquanto tentava restabelecer o equilíbrio do meu corpo para me manter parada. Quando consegui me segurar na porta, olhei-a outra vez. Ela estava pálida, uma das mãos estendidas com um pote de mel no ar e os olhos arregalados. Dinah me encarava estática, falando lentamente, em choque. Seria desastroso se eu me espatifasse no chão com todo o meu tamanho e, ainda por cima grávida.

— Ai meu Deus, Lauren! Não... caía. — Achei engraçado o fato de ela conseguir pronunciar aquelas palavras sem aparentemente mover nenhum músculo.

— Eu não caí.

— Quase caiu. Foi por pouco. — Não respondi. Fiz menção de caminhar ao seu encontro, mas ela deu um grito estranho e agudo, então sequer cheguei a me mover.

— Droga, não me assusta assim! – Falei, quase com o meu coração saindo pela boca.

— Não... Se... Mova! – Ela falou, como se eu estivesse prestes a entrar em um campo de guerra de minas terrestres. Esperei até que ela viesse até mim, me levando para fora da cozinha de volta para o carpete fofo do corredor. Ela suspirou.

— Espera aqui, Lo. E pelo amor de Deus, não entra nessa cozinha enquanto estiver sonolenta.

Dinah subiu as escadas, e eu esperei, já rindo sozinha de todo o drama. Ok, iria ser um desastre total eu caindo grávida, mas felizmente não aconteceu, não era necessário tudo aquilo. Quando ela voltou, trazia em suas mãos duas pantufas azul-bebê.

— Coloque isso, amor. É emborrachado embaixo.

Eu calcei sem objeções, mas só porque estava realmente com fome. Em situações normais, debateria com Dinah sobre seus cuidados exagerados, era divertido. Ela era uma exagerada simplesmente adorável.

— No final dessa gravidez você vai estar grisalha, ansiosa e estressada.

— Só, pelo amor de todos os deuses, não se machuque Lauren, eu estou falando sério.

— Tudo bem. Mas será que da próxima vez eu poderia descer pelo corrimão da escada? Você sabe igual aqueles filmes. — Ela me encarou chocada, como se eu tivesse acabado de admitir que estava usando drogas. — Eu estou brincando, amor. – Falei, já com medo que ela tivesse ataques convulsivos de pânico.

Não tinha como negar que eu estava me divertindo com os exageros dela, embora poderia até ser cruel, mas era realmente adorável ver o biquinho que se formava em seus lábios, e sua expressão confusa ou até mesmo chocada. Ela realmente sofria com medo de que algo acontecesse comigo e, consequentemente, com a nossa filha, mas suas ideias de proteção eram tão absurdas que chegavam a ser engraçadas.

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