Capítulo 24

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Notas: boa tarde, meus amores.

Prometi que voltava rápido e to aqui. Não deixem de votar e comentar, por favor. <3

Se tiver algum erro, por favor me avisem para que eu corrija, não tive muito tempo pra revisar esse capítulo. 

Lauren Point of View.

Engasguei. Algo me trouxe de volta, me tirando daquele lugar e daquele desespero torturante. Tossi com força, tentando respirar outra vez. Confusão. Não conseguia assimilar nenhuma informação ao certo.

Estava claro. O quarto era invadido timidamente pelo frio do lado de fora, mas dessa vez a realidade chegava aos poucos e começava a fazer mais sentido.

— Calma.

Tentei me desvencilhar de braços. Eram braços fortes, e embora a sensação de tê-los ali parecesse conhecida e até reconfortante, ainda tentei me desvencilhar deles, muito perdida para entender.

Mas eles eram fortes demais para o meu pânico. Tossi mais vezes, e uma náusea súbita me tomou com muita força para tentar controlá-la. Abri os meus olhos lentamente, vendo tudo girar. Tentando me localizar.

Meu corpo tremia, e uma forte tontura me tomava por completo, fechei meus olhos mais uma vez, tentando controlá-las.

— Calma, amor. – A voz de Dinah saiu hesitante e trêmula.

Abri os olhos novamente, sem ainda olhar para ela, desloquei a mão do peito e a estiquei, olhando fixamente para a aliança fina no anelar, pedindo silenciosamente para que ela simplesmente não sumisse diante dos meus olhos. Toquei-a com o polegar, tentando conter os fortes tremores em meu corpo, querendo senti-la e me certificar de que aquilo – aquilo sim era real.

Alívio.

Eu já não sabia se tremia de frio ou de nervoso. Minha cabeça doía e latejava, consegui notar que estava chorando. Eu estava suada de forma que não combinava com o clima invernal de Londres.

Eu fiquei imóvel por algum tempo, tentando controlar aquelas sensações terríveis que estava sentido. Eu me encontrava em choque e descabelada. E já tinha a consciência de que por todos aqueles minutos Dinah estava me observando, com uma expressão preocupada e, até mesmo um pouco horrorizada.

Ela se manteve ao meu lado. Eu sabia que devia pedir para que ela se afastasse, mas eu estava me sentindo excepcionalmente exausta e fraca naquele momento.

Num ímpeto, me atirei em seu peito, mesmo suada e exausta, me agarrei nela com desespero, querendo senti-la, querendo ter certeza de que ela também era real.

— Foi só um pesadelo. – Ela falou em uma voz aveludada, enquanto penteava os fios rebeldes que teimavam em grudar no suor da minha testa. — Mas você me assustou.

Ela tocou minhas costas com os dedos e eu estremeci. Senti o cobertor ser puxado e nos cobrir, então tudo o que eu queria era me deixar relaxar grudada nela. Tudo estava bem agora, e o alívio que enchia meu peito como um balão era tão reconfortante que eu poderia até voltar a dormir, se o medo me deixasse.

— Quer conversar sobre o sonho?

— Não. – Minha voz saiu fraca, mas decidida mesmo escondendo meu rosto em seu peito. Imediatamente notei que havia deixado óbvio para Dinah que o sonho era, de certa forma sobre ela. Fechei os olhos e a ouvi suspirar.

— Foi só um pesadelo, amor. – Ela repetiu. — Um pesadelo idiota.

Fiquei em silêncio, lembrando do desespero daquele sonho. Lembrando que aquele não havia sido um pesadelo idiota, mas sim o pesadelo mais real que eu havia vivido. Dentre tantos outros que me atormentavam. E sempre eram relacionados a ela, de uma forma ou outra.

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