Capítulo 32

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Notas: boa tarde, xuxus.

Tava muito ocupada essa semana, mas voltei com mais um capítulo amorzinho pra vocês.

PS.: Vou atualizar DSYLM muito em breve também. <3 E leiam Countdown!

Lauren Point of View.

— Se as minhas filhas entrarem em depressão por sua causa, eu vou até a Inglaterra te matar.

Aquela era Ally chorando. Era assustador, e não porque eu não entendesse o que ela sentia, mas sim porque ela sempre me pareceu forte demais para conseguir derramar uma única lágrima. Mas seu tom de ameaça ao mesmo tempo que era engraçado, me dava medo.

— Vocês podem ir nos visitar quando quiserem, Ally. – Dinah falou, tentando se defender.

— E nas mãos de quem eu deixo sua empresa, sua idiota?

— Só por uns dias. Se algo der errado, pode pôr a culpa em mim.

Ela fungou, enxugando o rosto. Não conseguia deixar de encarar seus olhos incrivelmente vermelhos.

— Tudo pronto, senhora. Quando quiser. – John chegou, falando um pouco alto por causa do vento forte. Me perguntei se aquele seria o clima padrão de todas as nossas viagens.

— Ok, então. – Dinah disse, se virando para Ally e a abraçando. As duas ficaram abraçadas por um longo tempo. Poderia se dizer por causa do ruído do vendaval. Ambas ficaram muito quietas, e me perguntei se no momento em que se afastassem, eu conseguiria ver Dinah emocionada. Bem, quase.

Quando encarei seu rosto, vi que Dinah não chorava, mas a tristeza em sua expressão era evidente. Quando me virei para Ally, fui tomada pelo abraço surpreendentemente forte. Imaginei em quanto tempo Dinah se colocaria entre nós e daria um escândalo sobre a distância mínima entre alguém e a minha barriga, e a força que poderia ou não ser empregada ali. Mas ela não se manifestou.

— Gostaria de ter te conhecido melhor, Laur. – Ela falou, me olhando. — Desculpe se alguma vez pareci firme ou fria demais. Eu só me preocupo demais. Mas sei que você vai fazê-la feliz.

Encarei-a tentando lidar com o nó dolorosos na garganta. Ela ainda tinha aquele olhar forte e aquela áurea de poder, mas não me sentia intimidada. Aquelas últimas semanas haviam me ajudado a superar um pouco disso. Eu e Ally estávamos cada vez mais próximas.

— Eu também gostaria que tivéssemos nos conhecido melhor. E não se preocupe quanto à felicidade dela. Se depender só de mim, ela está garantida.

— Sei disso. – Ela disse, segurando minhas mãos — A parte boa é que eu acho que realmente só depende de você.

Sorri, sabendo que aquilo era um pequeno exagero. Mas, para variar, seus olhos me diziam o contrário.

— Cuide-se. E tenha paciência com ela. Dinah é meio exagerada, mas é porque é completamente apaixonada por vocês. – Ela finalizou, apontando para minha barriga.

— Pode deixar. — Falei sorrindo, dando um beijo em seu rosto e caminhando para o lado de Dinah, que já me esperava ao lado das portas abertas do seu avião particular.

A despedida foi dolorosa. Dinah tentava esconder, mas era perceptível a quantidade de vezes que ela engolia para não deixar as lágrimas caírem. Embora eu soubesse que ela era durona, sabia também que estava se separando da sua melhor (e talvez única) amiga. Muitas pessoas conseguiam lidar com isso, e ela era, de certa forma, um desses casos. Mas eu a conhecia bem demais para saber que aquela despedida estava a corroendo por dentro. Mesmo que ela se deixasse corroer em silêncio. Subitamente, me senti triste.

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