Capítulo 6

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Notas: bom dia, xuxus! Adivinhem quem foi pra bienal do livro em SP essa semana e lembrou da Lauren de hot teacher? :( OAJSIOOIS Muito triste aqui na ilha das laurinahzinhas.

Enfim, espero que vocês estejam gostando da ficzinha. Não deixem de comentar, por favor. <3

Dinah Point of View.

É engraçado como domingos costumam ser monótonos e deprimentes.

Na verdade, depois de algum tempo constatei que domingos eram o tempo necessário para os trabalhadores reporem suas energias de uma longa semana exaustiva. No meu caso não era assim. Eu simplesmente não fazia muita coisa. Tudo na minha vida profissional se resumia a assinar toneladas de papéis.

Por isso, domingos eram chatos. Ao final de uma semana eu me encontrava bastante disposta e sem um pingo de vontade de descansar. Então os meus domingos sempre começavam às seis da manhã, quando o sol ainda estava decidindo se sairia para brincar ou não.

Depois de um café da manhã preguiçoso, o que normalmente se resumia a algum cereal ou um copo de suco de laranja, eu saía para correr. Corria pelas ruas ainda quase desertas de Nova York, se não fosse por alguns idosos que passeavam pelos arredores.

Quando retornava para casa, já perto das nove, não havia muito mais a fazer senão assistir tv e ficar nisso até o resto do maldito domingo. Eu não tinha amigos. Me esquivei de quase todas as relações que pude depois de sofrer uma grande decepção.

Obviamente muitas pessoas me achavam antissocial e desconfiada, o que não deixava de ser verdade. Ainda assim não eram incomuns casos de festas luxuosas onde eu era algum tipo de convidada de honra, o que me colocava obrigatoriamente em uma posição na qual eu precisava comparecer.

Digo "obrigatoriamente" porque quase sempre minha vontade de curtir festas de ricos esnobes era quase tão pequena quanto a minha vontade de viver, mas muitas delas alguns assuntos importantes relacionados a negócios eram tratados, e eu precisava ir.

Claro que eu nunca, jamais ia sem a companhia de Ally.

Normalmente era ela que tomava toda e qualquer decisão sobre a empresa, dentro ou fora dela. Obviamente ninguém sabia disso, mas esse era o nosso segredinho. E eu sabia que se fosse aderir a alguma religião, formaria minha própria onde Allyson seria endeusada, se tornando o objeto dos meus agradecimentos e da minha adoração. Era o mínimo que eu podia fazer pela mulher que havia salvado o meu pescoço tantas e tantas vezes, e me conhecia talvez melhor do que a minha própria mãe.

— Alôôô.

— Bom dia, Ally. Te acordei?

— Sra... Hansen? Não, bom dia, senhora.

— Prometo que eu vou recompensar você por ficar alugando seu tempo quase todos os domingos. Sinta-se livre para desligar na minha cara, eu sei que sou chata.

— A senhora pode me dizer primeiro por que ligou.

— Bom, primeiramente, estou entediada, o que explica o fato de ter ligado para sua casa a essa hora com o objetivo de perguntar se é realmente necessário que eu vá trabalhar amanhã.

Silêncio do outro lado da linha.

Aquele tipo de silêncio que se faz quando uma criança pergunta para a mãe se pode viajar para a Disney e ficar morando por lá por um mês, comendo chocolate.

— Obviamente, senhora.

Ela respondeu, com toda a paciência que minha imaturidade exigia dela.

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