Notas: boa tarde, meus amores.
Preparem os coraçõezinhos, peguem os lenços, botem "I'll never love again" da lady gaga pra tocar e boa leitura. OIAJSOJAIOSJI
Dinah Jane Point of View.
Assim que chegamos no hospital, me deparei com a difícil tarefa de parecer normal. Eu havia prometido atender o pedido de Lauren, repetido exaustivamente durante todos os quinze minutos a caminho do hospital (que, em condições normais, deveriam ser feitos em meia hora).
"Não faça escândalos". "Seja normal". "Nervosismo é uma coisa. Pânico é outra".
— Boa noite. Minha mulher entrou em trabalho de parto e precisa ser atendida. – Falei, tentando engolir o grito para as três mulheres da recepção. Como imaginei que elas não me levariam a sério, me apressei em adicionar: — O obstetra mandou que ela viesse o mais rápido possível.
Uma das mulheres, talvez notando a força que eu fazia para não explodir (ou talvez notando que Lauren estava mesmo em trabalho de parto) se apressou em conseguir uma cadeira de rodas em algum lugar daquela recepção. Ajudei-a se sentar com cuidado, e uma nova onda de contrações a atingiu. E cada vez que seu rosto se contorcia, eu tinha vontade de socar alguém ao meu lado por não fazer nada para que a dor dela passasse.
— Vocês têm que preencher alguns dados desse formulário... – Uma delas disse, claramente não entendendo a situação.
— Eu preencho o que você quiser, mas coloque a minha esposa em um quarto primeiro!
— Vocês são o casal do Dr. Lewis? – Outra mulher perguntou.
— Somos.
— Ele já está esperando. Vou levá-las até lá.
Tudo que tivemos que fazer foi andar um longo corredor – Lauren na cadeira de rodas, e eu (com o formulário nas mãos) e a recepcionista caminhando ao meu lado, entrar em um elevador e chegar a uma sala verde clarinho e bem enjoativo. E mesmo sendo tudo o que tivemos que fazer, a coisa toda pareceu demorar mais do que tinha que demorar.
Lauren não deixou escapar nenhum som. Ela parecia querer manter suas dores em silêncio, mesmo que suas contrações ficassem mais constantes e aparentemente mais fortes a cada minuto. Sem saber o que fazer para ajudá-la, e tendo certeza que nada do que tentasse surtiria efeito, apenas fiquei ao seu lado o tempo todo, repetindo coisas como "tudo vai dar certo" e "já estamos chegando".
Eu estava angustiada. Angustiada porque não podia fazer com que sua dor passasse. E porque minha filha queria sair dela à força. E era claro que eu sabia que isso aconteceria um dia, mas vê-la se contorcendo daquela forma só tornava tudo um pouco mais desesperador.
— Boa noite! – O Dr. Lewis disse assim que entramos na sala de pré-parto. Havia mais duas mulheres lá dentro, parecendo serem suas auxiliares no parto, que ajudaram com a tarefa de levantar Lauren da cadeira e sentá-la em uma cama alta.
— Doutor, ela está com muita dor! – Me apressei em falar, não lembrando de retribuir o "boa noite" dado. — O senhor não pode dar algum remédio...
— Dinah, ela está em trabalho de parto. Não há muita coisa que possa ser feita. A única coisa que vai fazer com que a dor passe é o nascimento do bebê. - O rosto dela se contorceu outra vez e outra vez me contorci também, por instinto.
— E então, já preencheu o formulário? - Percebi que ele estava falando comigo.
— Quê? Não.
— Ótima hora para fazer isso. Volte daqui uns quinze minutos, tudo bem?
— Quê? – Exclamei, surpresa. — Não! Não vou deixá-la sozinha.
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Sweet Creature
Fanfiction• Concluída • Laurinah g!p "Ainda somos jovens, não sabemos para onde estamos indo, mas sabemos ao que pertencemos. Linda criatura, para onde quer que eu vá, você me traz para casa."