Capítulo 35

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Notas: boa noite, xuxus.

Não sei se vocês já repararam, mas estamos chegando no fim da ficzinha. :( Só mais alguns capítulos e acabou.

Ps: HOJE TEM DINAH JANE NO JINGLE BALL E ELA VAI PERFORMAR RETROGRADE ALGUÉM ME ABANA.

Ok, parei de surtar, e não deixem de comentar o capítulo, por favorzinho com açúcar. Boa leitura <3

Lauren Point of View.

Uma hora depois, já pronta e esperando Dinah terminar de se arrumar, sentada na ponta da cama, fui tirada dos meus devaneios por braços em volta da minha cintura, uma boca quente no meu pescoço e uma mistura maravilhosa de perfume, shampoo de baunilha e menta. Pisquei algumas vezes ao voltar para a realidade, parando de encarar meu anel enquanto pensava em coisas desagradáveis.

— Já se arrependeu? – Ela brincou, mordendo o lóbulo da minha orelha.

— Se você está esperando por isso, pode esquecer. – Falei sorrindo de volta, embora não estivesse completamente confortável. E ela reparou nisso.

— O que houve?

Me virei em seus braços para encará-la de frente, tentando parecer casual.

— Sobre o que aquele homem queria falar com você na festa do seu pai?

Ela piscou algumas vezes, segurando uma das minhas mãos. Desejei, por tudo quanto fosse sagrado, que ela não mentisse para mim.

— Por que você é tão curiosa? – Ela perguntou, sorrindo vagamente.

— Eu só sou curiosa quando a minha intuição me manda ser. Agora, me diz. O que ele queria?

Dinah suspirou, segurando agora minhas duas mãos nas suas.

— Ele queria me dar um recado. De Victoria.

Ouvir aquele nome saindo da boca dela fez com que meu peito repentinamente doesse. Eu não sabia dizer se Dinah havia notado o quanto aquilo me afetou, mas no segundo seguinte ela já estava explicando tudo.

— Ele é primo dela, eu a conheci por ele, já que sempre fomos amigos. Mas isso não interessa.

— Qual era o recado? – Perguntei e desejei profundamente que ela largasse minhas mãos. Dinah estava calma, quase indiferente, e por isso mesmo o frio e o tremor nas minhas mãos se tornavam óbvios contra as mãos dela.

— Que ela estava sozinha. E que se arrependeu de ter me deixado. E que queria tentar outra vez comigo.

Eu já sabia de tudo aquilo, e achei que fosse o suficiente para não perder a calma. Mas estava enganada. Quando Dinah parou de falar, apenas para respirar, notei que estava incrivelmente nervosa, enojada e, além de tudo, quase chorando.

— O que você respondeu?

— Eu te pedi em casamento. O que acha que eu respondi? – Ela completou, secando uma lágrima solitária que caía dos meus olhos, com um sorriso simples. Continuei imóvel e muda, querendo ouvir tudo da boca dela.

— Eu disse a ele para mandar Victoria me esquecer, porque ela já não existe mais para mim. Deixou de existir desde que te conheci. E pedi para ele dizer a ela que eu nunca estive tão feliz como agora, porque encontrei alguém que realmente vale a pena. Alguém muito mais interessante, muito mais decente e muito melhor do que ela, em todos os aspectos. Alguém que virou o meu vício, muito mais poderoso e tentador do que ela jamais poderia ter, sequer, pensado em ser. Alguém que me faz muito, muito mais feliz do que ela um dia já foi capaz de fazer.

Eu não piscava. Estava atenta a tudo o que ela dizia, e mesmo que soubesse que muito provavelmente aquelas não foram as mesmas palavras usadas por ela na noite anterior – nem alguém sóbrio poderia lembrar de tudo isso, já era o suficiente ouvir aquilo dela agora.

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