Sweet Creature

Capítulo 27

Notas: boa tarde, meus xuxus!

Acabei de chegar de uma viagem, realmente morta de cansada, mas vim aqui atualizar a ficzinha pra vocês.

Amanhã é meu aniversário, então sejam lindas e votem/comentem bastante nesse capítulo que vai ser o meu presente. <3

Lauren Point of View.

Eu estava sentada na borda de um chafariz. Era primavera àquela altura, e eu podia dizer isso principalmente pelo jardim à minha frente, repleto de camélias dos mais variados tipos e cores. Inspirei profundamente para sentir o cheiro de grama fresca. O sol dava ao clima uma temperatura agradável e morna, ideal. Me sentia incrivelmente feliz e completa, e sequer sabia o motivo. Não me movi, com medo que aquela sensação me deixasse. Diferente das outras ocasiões, eu sabia que estava sonhando.

Ao longe, vi uma pessoa. Mais precisamente uma criança, uma menina, talvez com seus cinco anos de idade. Ela veio correndo até mim, quando me alcançou constatei que não a conhecia. Mas algo me chamou atenção nela instantaneamente. Aqueles eram os olhos que eu mais amava. Eram de um castanho escuro tão conhecido, tão perfeito, que não consegui deixar de olhá-los. Eram os mesmíssimos olhos de Dinah. Imediatamente me dei conta de que amava aquela menina mais do que qualquer outra coisa no mundo.

— Olá. Qual é o seu nome? – Perguntei, tirando uma mecha de cabelo de seu rosto, seus cabelos eram escuros e totalmente cacheados, tão lindos.

— Não tenho nome ainda. – Ela respondeu sorrindo, e a voz dela me pareceu tão melodiosa e doce. Estranhei aquela resposta.

Eu poderia estar sonhando com a filha de Kamila não nascida? Mas ainda assim, algo nela me atraía, como um imã.

Ela sorriu, e outra vez a lembrança de Dinah veio forte demais. De alguma forma, senti que ela também me amava, mesmo nunca tendo me visto na vida. Tudo naquele sonho era estranho.

Fui subitamente acordada por uma dor, essa bastante real. Tão forte que me perguntei como sequer havia conseguido dormir. Depois de algum tempo tentando voltar à realidade, completamente perdida, consegui identificar que a dor estava na minha cabeça. Demorei alguns minutos para tomar coragem e abrir os olhos.

Quando o fiz, até mesmo a luz fraca que as cortinas do quarto filtravam foram o suficiente para transformar aquele pequeno momento em um inferno. Virei a cabeça devagar para o lado só para constatar que Dinah, como sempre, não estava ali. Juntando todas as minhas forças, me sentei na cama ainda com os olhos fechados.

Infelizmente, o movimento foi rápido demais, então uma tontura desnorteante e um enjoo súbito me tomaram de imediato. Então percebi que mesmo que conseguisse ir ao banheiro caminhando, provavelmente teria que ir o mais rápido possível – pois acabaria vomitando ali mesmo no chão.

Sem opção nenhuma, levantei às pressas e fui correndo até o banheiro, colocando tudo para fora. A ânsia vinha de cinco em cinco segundos, mas meu estômago vazio não tinha nada para expelir. Minha cabeça parecia a ponto de explodir, me fazendo implorar silenciosamente por um analgésico. Senti uma mão em minhas costas fazendo um carinho com os dedos. Não precisei me virar ou abrir olhos para saber quem era.

Quando eu fui melhorando aos poucos, fui relaxando e respirando melhor. Abri os olhos lentamente olhando para Dinah ao meu lado. Minha cabeça girava.

— Calma, amor. É assim mesmo.

Ouvir sua voz me tranquilizou um pouco. Ao encará-la, automaticamente me lembrei da garotinha no meu sonho, e então tudo se tornou muito óbvio. Tão óbvio que eu não sabia como não podia ter entendido antes.