29. O jantar

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Saímos do elevador e andamos por um pequeno corredor até chegar a porta que deduzo ser do apartamento dele.

Philip destranca a porta e da espaço para que eu passe em sua frente, o que parece ser um hábito.

_ Você tem razão? - Fala atrás de mim enquanto eu admiro a decoração maravilhosa da imensa cobertura.

_ Sobre o que?- Me viro para olha-lo.

_ Sobre calças jins. Definitivamente te caem muito bem.- Fala com um sorriso safado e em um segundo eu me toco que o fato dele querer que eu vá sempre na frente não é uma questão de cavalheirismo.

_Seu safado pervertido.- Falo indignada.

_ Ei, também não precisa ofender. Eu não tenho culpa se seu rebolado me hipnotiza.- Ele fala ainda rindo.

_ Você é um idiota.

_ Não tenho como contestar isso.- Ele parece se divertir com a minha cara e isso me deixa muito irritada.

Ele não deveria mexer com fogo assim....

_ Será que eu posso me sentar agora, ou terei que continuar vendo você se divertindo as minhas custas. Eu não estava brincando quando disse que meus pés estão doendo.- Falo com raiva.

_ Claro, fique a vontade.- Ele parece se lembrar de ser hospitaleiro, o que é o suficiente para acabarem as gargalhadas.- Você quer alguma coisa, uma água, um suco, talvez alguma coisa mais forte.

_ Eu não quero nada, obrigado. Pensando melhor, eu quero uma coisa sim....- Falo de maneira maquiavélica, a final se não for para implicar, eu nem venho.

_ Pode falar.- Ele pergunta prestativo.

_ Eu quero você....- Dou uma pausa vendo os olhos dele saltarem para fora, o que me fez rir.- De preferência assado e ao molho de laranja.

Vejo seu rosto se transformar em uma carranca contrariada e eu gargalho estrondosamente.

_ Eu vou ver com a Rosa se nosso jantar já está pronto.- O vejo sair contrariado e sinto um pouquinho de pena por ter falado aquilo, mas ao me lembrar que ele estava olhando o meu traseiro, toda a pena vai embora voando.

Ando até o sofá e me sento, sentindo a maciez me envolver como a um cobertor, o que me faz suspirar de satisfação. Tiro minha sapatilha e deixo que meus pés repousem sobre o tapete felpudo de cor escura que se estende por boa parte da sala. Suspiro satisfeita com o conforto que estou sentindo e me pego pensando que poderia morar nessa sala facilmente.

_ Gostou do sofá?- Alguém sussurra perto do meu ouvido e eu quase caio de bunda no chão com o susto que levei.

_ Esta tentando me matar?- Falo com a mão no peito enquanto vejo ele gargalhar.

_ Desculpa, é que você parecia tão serena que eu tinha a obrigação de acabar com isso.- Continua gargalhando.

_ Desisto, você é uma causa perdida.- Falo enquanto me levanto e coloco minhas sapatilhas já me preparando para ir embora.- Onde fica o ponto de ônibus mais próximo?- Pergunto sabendo que ele não saberá me responder.

Ele parece pasmo com a minha reação e eu decido não esperar por uma resposta, por isso sigo em direção a porta.

_ Adeus Philip.- Falo sem olhar para trás.

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