40. A criada

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_ E o seu noivo, onde está. Estou louco para conhecer o homem que foi capaz de conquistar esse coração tão decidido.- Ele fala ainda abraçado a mim.

_ Ele, papai e Estevan, foram até Andara resolver um problema com o acordo real. Parece que alguns homem andaram invadindo nosso território e não foram muito amigáveis - Ela fala como se fosse a coisa mais banal do mundo.

_ Eu se fosse você, não o deixaria passar tanto tempo assim com nosso pai. Você o conhece tão bem quanto eu para saber que não se pode confiar.- Philip fala.

_ Ariel é gato escaldado. Além do mais ele já foi alertado sobre os métodos de nosso pai. Não se preocupe.- a confiança em sua voz não dava vazão a nenhuma duvida.

_ Seu pai é assim tão perigoso?- Pergunto sem pensar.

_Você não contou a ela, não é?!- Ela parece pesarosa enquanto olha para o irmão que tem a mesma expressão de pesar em seu rosto.

_ Você sabe muito bem que eu odeio falar sobre isso.- Ele fala.

_ Falar sobre o que?- Pergunto curiosa.

_ Ela precisa saber Phil.

_ O que mais eu preciso saber?- Me solto de seus braços e viro para poder olhar em seus olhos.

_ Nós vamos conversar.- Ele olha diretamente nos meu olhos e depois desvia para algo atrás de mim.- Mas não agora. Agora nós vamos descansar da nossa viagem.

_ Senhor.- Olho para trás frustrada e encontro James parado nos observando.- O quarto está pronto.

_ Obrigado James, você já pode ir.- Ele dispensa o homem e agora foca sua atenção em sua irmã, que o observa com um olhar de reprovação.

_ Nos vemos no jantar maninha.- Rle lhe da um beijo na bochecha e vem até onde estou.

Seu olhar me diz que tudo vai ser explicado, mas minha mente só consegue processar o fato dele ter omitido mais alguma coisa.

Sinto sua mão em meu braço e um reflexo involuntários faz com que eu me afaste dele. Olho de canto de olho para Elena e ela parece distraída com algumas plantas. Só espero que ela não tenha visto isso.

Ele me olha de maneira suplicante e eu o sigo de volta para o castelo.

Mais uma vez estou perdida no caus em minha mente e tudo que  gostaria agora era de uma roca de fiar mágica, ou uma maçã envenenada para me tirar de todo esse tormento.

Será que a rainha tem alguma dessa coisas...

_ Ami eu...- Philip se vira em minha direção e começa mais uma de suas justificativas assim que entramos novamente no castelo.

_ Não.- Coloco o dedo indicador em seus lábios o calando.- Eu não posso ouvir mais nem uma desculpa vinda de você.- Demonstro todo meu cansaço com todas essas mentiras.- Quando finalmente estiver pronto para me contar toda a verdade, eu te ouvirei. Até lá, só me mostre onde fica meu quarto e me deixe descansar em paz. Esse dia já teve emoções de mais.

Ele simplesmente acena em concordância com a cabeça e eu posso ver a tristeza em seus olhos.

Nós continuamos nossa caminhada pelos corredores, agora em completo silêncio e tudo que se pode ouvir além de nossa respiração, é o barulho de nossos sapatos contra o piso.

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