8. Ela

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Philip

Não faço ideia de quanto tempo demorei para resolver tudo que minha assistente me mandou, mas o que importa é que finalmente acabei.


Pego meu café me sentindo vitorioso, mas assim que bebo o primeiro gole, cuspo tudo por sobre a mesa. Era só o que me faltava, café gelado.

👑👑👑

Ametista

Estou absorta em minhas receitas, quando sem permissão o rosto angelical daquele homem vem a minha mente. Não posso negar que mesmo sendo um arrogante, babaca e prepotente o homem tem uma beleza incomum, como se de alguma forma sua beleza fosse um bónus por sua antipatia.

_ Ami, você precisa vir rápido.-Vitória entra correndo em minha cozinha me tirando dos meu devaneios.

_ O que aconteceu?- Pergunto confusa e preocupada.

_ Celina. Um cliente gritou com ela e o Jorge está quase voando no pescoço dele.

_ Vitória vá até lá e tente manter o Jorge longe desse homem. Eu já estou indo.- Ela sai apressada.- Era só o que me faltava.

_ Eu vou com você.- Breno fala quando me vê tirar o avental.

_ De jeito nenhum, você ficara aqui de olho nas tortas que estão no forno. Eu dou conta, pode ficar despreocupado.

Saio da cozinha e sigo em direção ao alvoroço. Vitória e Eduardo tentam acalmar Jorge enquanto Celina chora compulsiva em frete a..... Só pode ser brincadeira.

_ Posso saber o que raios está acontecendo aqui?!- Pergunto elevando minha voz, mas sem gritar.

Todos param o que estão fazendo e olham em minha direção. Passo meu olhar por cada um deles até que paro nele. Seu olhos intrigantes e desafiadores que me fitam de cima a baixo e me trazem novamente aquele calor.

_ Celina e Jorge me espere em minha sala por favor. Enquanto aos outros, voltem ao trabalho.- Falo com eles, mas sem tirar meus olhos dos dele.

_ Mas senhora...- Tenta argumentar Jorge.

_ Agora!- Elevo minha voz para que ele entenda que não estou propensa a argumentações.

_ Sim senhora.

Espero até que todos tenho feito o que mandei e respiro fundo, deixando que meu lado profissional supere minha vontade de socar o lindo rosto a minha frente.

_ Sinto muito pelo incoveniente senhor....- Espero que ele complete com seu nome.

_ Grimaldi.

_ Claro. - Estendo minha mão em sua direção e ele a parte. Uma faísca incomum passa por entre os nossos dedos, o que faz com que nos soltemos rapidamente - Me chamo Ametista Bancks. Como estava dizendo, sinto muitíssimo por todo esse incoveniente....

_ Isso é um ultraje, eu exijo a demissão imediata daquela mulher. Onde já se viu, servir café frio para alguém como eu.- Ele fala de maneira rude e prepotente, aflorando minha vontade de socar a cara dele até que sangre.

_ Eu tomarei as providencias necessárias agora mesmo. - Respiro fundo.- Se me der licença, pedirei para que alguém lhe sirva outro café por conta da casa, e que tal um pedaço de torta de maça?- Falo de maneira cordial.

_ Seria ótimo.- Ele diz voltando a se sentar.

_ Vou providenciar. Com sua licença.

Saio o mais rápido possível de perto dele, antes que meu eu barraqueiro me domine e eu acabe sendo processada por agressão. Como alguém pode se achar tão melhor que os outros dessa maneira, ah mais ele receberá uma lição....

Sigo para minha sala, e antes que eu abra a porta, já posso ouvir o choro estridente de Celina. Abro a porta ainda com minha expressão séria, mas o que vejo é de partir o coração de qualquer um. Jorge, um homem alto e beirando aos quarenta anos muito bem apessoado por sinal, consola a frágil e miúda Celina, que dentro de seus braços acolhedores parece ainda menor.

Vou até minha mesa e me sento de frente para eles tentando me manter imparcial nessa situação.

_ E então, quem será o primeiro a começar.- Pergunto de maneira fria.

_ Eu falo senhora. - Jorge se impõe quando percebe que ela não conseguira dizer nada.- Eu vi quando aquele homem chegou e pediu o café, e posso lhe assegurar que estava quente. Eu mesmo usei o bule minutos antes e se o café estivesse frio mais clientes teriam reclamado.

_ Então o que você está insinuando Jorge é que aquele homem mentiu sobre seu café apenas para não pagar a conta?- Pergunto apenas para instigar.

_ De modo algum senhora, o que eu estou dizendo é que faz mais de uma hora que ele está sentado naquela mesa sem ao menos tocar na xícara.

_ Entendi.- Falo já maquinando o mal em minha mente -Temos um problema, ele exigiu sua demissão Celina.- Falo olhando diretamente para ela que volta a chorar descontroladamente.- Mas ele não manda em mim nem em nada nesse lugar. Então o que eu quero que você faça é o seguinte, seque essas lágrimas, levante essa cabeça e faça o seu trabalho com maestria, assim como você sempre fez. Deixem que daquele babaca cuido eu.

***
É, tenho a leve impressão que o Philip está com problemas....
Bjs e até a próxima...
💋💋💋

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