Voltando a Viver (por laertecjr)
Levanto de manhã e arrumo minhas coisas, "mais um dia, menos um dia". Essa frase não sai da minha cabeça todos os dias quando acordo.
Pego minha mochila e desço até a lanchonete do albergue, a Dona Francisca já está em pé com o sorriso de sempre, "Essa mulher não dorme nunca?", assim que ela me vê acena e aponta pra um lugar no balcão. Melhor não me fazer de rogado.
- Bom dia meu rei, dormiu bem?
- Dormi sim Dona Fran. Aliás estou dormindo cada vez melhor conforme passam os dias.
Ela sorri, lembrando da nossa conversa sobre o porque estou ali. Seus olhos mostram o que ela sente mas antes que comece a falar eu abro meu melhor sorriso e ela pára.
Me serve um café preto forte pra cacete e eu tomo comendo um pão com manteiga junto. Não foi o melhor café da manhã da minha vida, mas com certeza foi com uma das melhores companhias que já tive. Me levanto e vou saindo quando ela me chama de novo.
- Ô menino, onde vai com essa mochila? Deixe aqui comigo que eu sei bem que oce vai voltar pra cá.
Eu dou risada e não discuto, coloco a mochila atrás do balcão, dou um beijo no rosto dela e saio.
Assim que piso na calçada vejo o mar, azul lindo demais, alguns barcos pequenos de pescadores ancorados mas pouco movimento, ainda é cedo. Desço um pouco a rua e dobro a esquerda no final. Caminho alguns passos e me sento, tiro os chinelos e coloco os pés na água, sinto uma sensação indescritível, o barulho do mar, dos pássaros e do vento deixam tudo ainda mais especial. Coloco a mão no bolso da calça e pego o exame, aquele maldito pedaço de papel com minha sentença de morte. Desdobro a folha e olho no verso. Meu rascunho ainda está lá, um calendário muito meia boca feito em um momento de desespero pra contar quanto tempo ainda me resta. Já passaram 3 meses do 5 que me deram, pego a caneta pra marcar o fim de mais um mês quando de repente me dá um acesso de riso, "Que porra eu to fazendo? Isso não faz sentido!"
Me levanto, guardo a caneta e pico esse maldito exame, jogando na lixeira mais próxima.
- Não vou marcar o tempo que sobrevivi, vou viver o tempo que me resta!
Hora de voltar a viver!At The Seashore (por SraLiS2)
Pedro estava no trem escutando a sua música preferida, At The Seashore, uma música antiga que quase ninguém ouvia. Era uma canção de amor de uma garota que sempre ia ao mar para ouvir as ondas.
Essa música tinha uma coleção completa que era livros, filmes, séries e outras variedades, mas Pedro sempre preferiu a música, pois ele entendia a música e suas letras, mas um dia na faculdade ele estava no intervalo, sentado em um banco de madeira, longe das pessoas escutando a sua música até que ela chegou! A garota que Pedro gostava.
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Antologia 1 - Junho
RandomEsse não é um projeto de divulgação de livros, é um projeto de exercícios de criatividade que reúne os melhores textos de cada desafio de escrita. Cada dia apresenta uma imagem ou frase sobre o qual os autores devem produzir no mínimo 100 palavras...