Dia 24

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Tecnosíntese (por JosSantos712)

"P0t3nc1al sísm1c0 3nc0ntr4do", foi a mensagem que o drone biológico Pegasus beta 13 transmitiu para a pirâmide de controle. – Liberar âncora de ativação! - ao receber o comando de voz do meta-humano, um dispositivo luminoso foi ejetado do hangar de Pegasus beta 13 para baixo, em direção a um dos vulcões adormecidos da fronteira Atlas R3. Em questão de segundos, a fumaça do vulcão já destacava-se no horizonte, preenchida por relâmpagos que precederam a erupção da lava viva. A seguir, os resultados da missão já estavam disponíveis nos córtex-chipes dos operadores: os catalisadores do drone conseguiram absorver e armazenar a incrível taxa de 3,9% da unidade térmica do evento.

- Liberar enxame! – ordenou, exultante, Yoshiro Nakamatsu, líder da operação de reconhecimento. Estava muito feliz por ter descoberto uma nova fonte de energia para sua pátria, a Tecnocracia do Sul. Com este recurso adicional, poderiam abastecer o canhão de prótons e vencer a guerra contra a Tecnocracia do Norte. A parte lógico-racional-mecânica de Yoshiro tratava esta emoção de felicidade produzida pelo sistema límbico como uma peculiaridade do hipotálamo a ser tolerada. Afinal, Yoshiro tinha habilidades que justificavam sua posição de chefia perante os clones cujas atividades cerebrais tinham um campo áurico menor.

Estamos no século XXXV d.C. Se você, leitor, é ocidental, saiba que seu continente inteiro afundou no oceano Atlântico (e Pacífico) depois que o Oriente usou a bomba H. Sem medir as consequências, o braço direito do planeta decepou o braço esquerdo na 3ª Guerra Mundial. Após o colapso do Capitalismo e os séculos de fome no mapa remodelado pela humanidade, surgiu a retomada da tecnologia até patamares inéditos. Homem e máquina vincularam-se num nível atômico. A sofisticada comunicação adquirida através da intranet conectava os cérebros, mas não os corações. É por isto que a paz era uma questão de distância. Um deserto separava as pessoas do norte dos meta-humanos do sul naquele último torrão oriental de chão que a raça humana poupou para si mesma. E este resto instável de mundo tem os dias contados...

 E este resto instável de mundo tem os dias contados

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Kawaina: entre o fogo e o fim (por bruuhsantosmj)

Era uma vez, no meio do oceano índico, uma ilha chamada Lui-Lui cujo povo era protegido pelo deus Phyro.

Há cada 18 anos, uma família era escolhida para dar à luz uma indiazinha que seria consagrada ao deus Phyro para que a proteção fosse renovada.

A ilha Lui-Lui era um paraíso de águas claras e solo fértil. Seu povo era amável e viviam livres de todos os males que rodeavam o resto da Terra.

Kawaina era o nome dela, tinha pele cor de canela, olhos cor de âmbar e cabelos negros como a noite. Sua beleza chamava tanta atenção quanto seus talentos de esposa e guerreira.

Estava pronta para viver sua tão sonhada vida de deusa e não via a hora de poder ver a face de seu tão amado Phyro. Será que ele seria tão bonito quanto ela? Será que ele teria braços fortes? Será que viveriam felizes em algum lugar tão lindo como aquele?

Antologia 1 - JunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora