Dia 21

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A casa (por DioghoFernandes)

No fim da rua, a velha casa de ferragens estava totalmente esquecida pelo tempo. Alguns diziam que o primeiro dono teria matado sua esposa lá dentro com seu amante, colocando ambos dentro da lareira e se jogando em seguida. Não me apego tão fácil aos boatos. Desde que me mudei todos os vizinhos vieram alertar meu pai sobre o lugar onde cinco pessoas foram assassinadas e seus corpos encontrados dentro da lareia sem nenhum vestígio do assassino. Disseram que foi o espirito do dona da casa. Mas meus pais também não ligava para histórias de fantasmas. Temiam por ser pessoas ruins que tiravam vantagens da situação e me alertava de modo que não me aproximasse de lá.

No primeiro dia de aula como de costume já havia feito amigos e inimigos. Sabe aqueles carinhas que se acham reis da escola? Pois é. No fim da aula vieram me dando um soco no estomago por ter feito eles passarem vergonha na sala quando tentaram derrubar meu material. Sempre me virei sozinho mas naquele momento quando surgiu a oportunidade devolvi o soco bem na cara do chefão e sai correndo.

Em seguida eles correndo atrás de mim e rapidamente fui entrando pelas passagens que toda casa tinha no fundo da horta. Quando virei para olhar, já estava quase perto de mim e então no impulso pulei a cerca correndo para perto da porta que estava meio aberta em busca de ajuda. Olhei pela vidraça vendo pularem com um pedaço de pau na mão. Fechei a porta, corri casa dentro já ouvindo barulhos de vidros quebrar logo atrás.

Eles entraram e fui logo subindo ao segundo andar onde procurei por abrigo no quartos. Barulhos e gritos ecoavam do último. Quando abri, vi um homem com uma faca vir em minha direção. Foi ai que percebi onde estava e toda descrição detalhada do dono da casa diretamente surgiu em minha mente. Corri escadas baixo já trombando com os três rapazes rindo de mim e eu dizendo:

- Corram, ele está com uma faca na mão. É o fantasma da casa abandonada.

Aos risos eles me seguraram barrando minha passagem e de medo comecei a implorar para sair dali onde os rapazes também conhecia o local. Não demorou para que aquela figura apavorante surgisse no meio de nós levantando um dos meninos e arremessando ao outro canto com uma só mão. Os outros dois partiram para cima sem hesitar quando um deles foi cortado ao meio. Agachei vendo tudo aquilo, meu corpo não tinha forças para levantar quando o fantasma pegou um e o jogou na lareira. Na hora que tomei folego, ajudei um dos meninos se levantar e caminhar até à porta onde entramos. Neste momento senti algo me puxar de volta o rapaz com pedaço de madeira jogou nele para que me largasse. A porta estava trancada e passei pelo buraco do cachorro quando olhei só pude ver sua mão escorregar pelo vidro depois te ter sua cabeça cortada. Não tive coragem de contar a ninguém o ocorrido. Dali em diante tentei viver com tudo sozinho em minha mente no hospício.

 Dali em diante tentei viver com tudo sozinho em minha mente no hospício

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Cores (por Chiquinha_fofo)

Sei que pode parecer estanho o que vou te contar, mas peço que fique até o final de minha história. Não quero que sinta pena ou tristeza, pois saiba que eu não sinto.

Antologia 1 - JunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora