**Capítulo 21**

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Pov. Axel

Malditos idiotas!

Filhos de sua putissima mãe!

Contato os meus contatos para descobrir quem me ameaçou gasta as minhas energias. Me aborreço ao ter que tratar com tantas pessoas inapta, que não seja capaz de obedecer com perfeição uma ordem. Uma maldita ordem!

Onde está Ethan?

Esse é outro que me pagará cedo ou tarde, se esgotou a minha amabilidade com ele.

- “Axel!” - pensando no diabo e ele parece. Giro a cadeira, vou direto em direção a ele e lhe dou um soco na cara.

- “Você terminou com aquela puta? Que merda você tem na sua cabeça?” - pego a carta de cima da mesa e jogo na frente dele. - “Ameaças. Quem em seu puto juízo provoca a minha fúria, mandando uma carta sem remetente, como se estivéssemos em um filme barato de ação?” - examino suas feições. Ele manteve o silêncio, ao se dar conta do tamanho da sua estupidez. - “Porra!” - eu explodo. - “Maldito seja. Não te arrebento porque eu te recebi e te criei, sustentei cada uma de suas necessidades” - ele pisca sem graça. - “Agora que cresceu você se rebela” - eu digo mordaz. Seu semblante se escurece, mas mantém a boca fechada. - “Se você quer ir, então vá! A porta está aberta, mas eu te informo que tudo o que você tem, eu te dei mas você vai deixar por uma simples qualquer, que mais cedo do que nunca vai arruinar” - volto para a minha cadeira na expectativa da sua reação.

Sua figura estática continua no meio do escritório, o ambiente do lugar é mais pesado como nunca foi, eu nunca tinha passado por isso com ele.

Jamais em minha puta vida, tinha jogado na sua cara tudo o que eu tinha feito por ele. Sei o que aconteceu naquele asqueroso lugar, não foi nada bonito, foi um maldito calvário. Me vi refletido nele, meus demônios exigiam um novo pupilo para o qual manipular.

- “Sinto muito” - ele sussurra.

Meus demônios percorrem cada parte do meu corpo, agitando cada partícula ao vê-lo mando e aquele jovem com cara de barro a minha inteira disposição, fico olhando para ele e passo a mão diversas vezes pelo cabelo o bagunçando muito além da conta. Malditamente não queria essa merda, é como se fosse um fermento aumentando um frenesi indescritivelmente padecendo no meu interior.

- “Saia da minha frente” - não reconheço a minha própria voz.

Sei perfeitamente que perderei o controle e isso será um puto problema onde Ethan não sairá nada bem disso.

Dobrei a sua valentia até convertê-lo em uma porcaria em simples segundos. Não preciso de golpes para feri-lo, as palavras junto com os seus demônios cavaram fundo, só para destruí-lo e tê-lo em minha absoluta disposição.

Sua postura submissa, acalma a minha irritante conduta evitando que eu cometa uma loucura e o mande para o inferno antes do tempo.

- “Descubra, quem é que fodidamente está arriscando o seu pescoço, nessa brilhante ideia” - eu mando. Abandono o lugar sem dar tempo dele dizer nada.

Entro no carro e giro a chave dando vida ao motor do meu Camaro, dou marcha e acelero. O carro desliza pelo asfalto com rapidez por várias quadras, dobro a esquerda entrando numa rua para cortar caminho. Alguns metros na frente vejo luzes e observo o caminho sendo obstruído por um furgão. Essa merda não cheira nada bem, vejo que de dentro do veiculo sai homens armados.

Demônios!

Dou a ré no segundo em que o carro foi alvejado pelos projéteis, piso fundo no acelerador, preciso sair dessa merda, esses idiotas me pegaram desprevenidos.

Viro o carro, bato a parte traseira do carro, o choque foi tão brusco que a minha cabeça bateu na janela do carro. Fico desorientado por alguns segundos, os quais eram importantes. Neste momento, o meu instinto de sobrevivência me mantém acordado, aumento a velocidade fugindo daquele lugar.

Não basta uma simples emboscada para se livrar de mim.

Minha visão começa a ficar embaçada e eu vejo tudo distorcido.

Vamos Axel, você é um filho da puta não pode se render agora. Você vai rir da cara da morte como o idiota que é. Não deixe ela te levar dessa vez , ela não veio quando eu precisava e agora que não quer nada com ela, ela resolve aparecer para foder a minha existência.

A dor na minha cabeça e na minha costela direita se faz presente, quando toco naquele local, meus dedos ficam sujos de sangue.

Maldigo umas mil vezes.

Aumento a velocidade tentando chegar logo na minha casa.

Minutos depois é impossível manter as minhas pálpebras abertas e suor frio percorre o meu corpo. Sinto meu corpo ficar adormecido e o controle literalmente esta escapando das minhas mãos.

Paro o carro derrapando na frente de casa, abro a porta do carro e a duras penas caio de bruço no chão.

- “Senhor! Merda Vitor, o chefe está ferido! Venha depressa, idiota!” - escuto as suas palavras como um eco distante.

Ele pressiona o meu ferimento e eu grunhi com as poucas forças que me resta.

- “Senhor fique acordado! Ligue para Ethan, precisamos de um puto médico.”

O batimento do meu coração é forçado e eu sei perfeitamente o que vem depois e malditamente obrigarem os meus órgãos a continuar funcionando.

(...)

Em uma piscar de olhos vejo que estou num quarto no sótão, a dor da minha costela adormece a sensibilidade do meu corpo.

- “Axel se mantenha acordado!” - eu quero arrancar sua língua.

Eu quase não estou sentindo meu corpo e aquela tarefa está ficando cada vez mais difícil, dizem que quando você está morrendo a sua vida inteira passa diante dos seus olhos, mas eu não acredito nisso.

No meu caso não passa nada, a escuridão pouco a pouco me consome. Me levando até o mais profundo do fosso, mostrando cada um dos meus demônios me fazendo com que cada vez que desço a neblina seja mais dolorosa, mais cruel, mas eu não suplicarei pela minha alma mesmo que o inferno congele.

A Vingança 2 -  O anjo é um demônio (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora