**Capítulo 13**

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Pov. Hannah

Estou andando pelo pequeno caminho no prado, que encontrei durante minha excursão junto a um riacho, é muito lindo. Aqui me afundo nos meus pensamentos e renovo minhas baterias para brigar contra aquelas más experiências.

Me sento nas raízes de uma árvore para observar a minha volta, é uma paz imensa, fecho os olhos e respiro profundamente, e depois expulso o ar pela boca.

É tão relaxante, mas de repente, umas pequenas queixas rompem o silêncio.

Olho ao meu redor, escuro o barulho outra vez, presto mais atenção. Mais um barulho, me levanto e vou atrás daquele som. Depois de dar alguns passos, atrás de uns arbustos encontro um pequeno cachorrinho cheio de lodo e molhado com uma de suas patinhas machucadas.

Ele levanta uma das suas orelhas, movendo o focinho, ele me olha com aqueles grandes olhos negros, apesar de estar sujo, ele era lindo, me entristece vê-lo tão machucado e maltratado.

Tento tocar nele mas ele rosna e mostra os dentes para mim, e imediatamente afasto a minha mão.

- “Fica tranquilo não te farei nada. Você tem sofrido muito, eu sei porque eu também tenho, mas quero te ajudar”

Isso pode parecer loucura, tentando ajudar um animal, inclusive falar com ele como se fosse uma pessoa.

Ele faz uns pequenos ruídos de dor e parte meu coração vê-lo sofrer. Levanto a mão e coloco na frente do seu focinho para que ele reconheça meu cheiro e saiba que eu não vou machucá-lo. Ele encosta na minha mão, a lambe e abaixa a sua orelha, acaricio o seu pelo pegajoso.

- “Vai ficar tudo bem pequeno” - pego ele no colo, ele é tão levinho. - “Você deve estar com fome, eu acho que um banho e comida não cairá nada mal.”

Chego em casa, entro no banheiro e o coloco na banheira. Abro a água quente, regulando para deixar numa temperatura agradável, enquanto vou lavando ele descubro algumas feridas já cicatrizadas. O pobrezinho deve ter sofrido muito, uns minutos depois pego uma toalha para secá-lo, no começo ele se assusta um pouco, mas o tranquilizou acariciando e dizendo uma ou outra palavra carinhosa.

Um lindo pastor alemão está na minha frente, ele é preto com muito pouco pelo marrom, é uma preciosidade, apesar de estar um pouco debilitado.

- “Olá meu lindo” - dou um beijo no seu focinho. Eu mantenho enrolado na toalha seca, ele está tremendo talvez seja por causa do frio.

Eu deixo ele no sofá e busco algo para ele comer. Oque eu poderia dar para ele? Hum, talvez leite.

Esquento um pouco de leite antes de colocar em uma vasilha e levar para o cachorrinho. Eu ajudo ele a tomar o leite e não demora muito para que ele limpe a vasilha.

- “Sabia que você está com fome. Benjamim quando te conhecer ficará louco, que nome vou colocar em você?” -  devo parecer uma louca falando com um cachorro.

- “Olá há cheguei” - escuto a voz de Helena, me levanto do sofá e ela me observa detalhadamente, isso é muito incômodo. - “Porque você está suja de lodo, você caiu?” - ela veio na minha direção e me observa para ver se me machuquei.

- “Eu...eu estou bem, não se preocupe, só encontrei algo” - digo um pouco envergonhada, me afasto para que ela veja o cachorro.

- “Ohh” - um pouco assombrada ela acaricia o pelo do cachorro. - “Onde você encontrou ele?”

- “No bosque, ele estava machucado e tinha fome, estava tremendo muito, estava muito sujo, e eu carreguei ele até aqui por isso estou suja de barro. Posso ficar com ele for favor? Eu vou ser responsável por ele” - eu olho para os meus pés.

- “Bom, esta bem querida. Só temos que levá-lo para vacinar” - ela sorri para mim e eu trato de devolver o gesto.

- “Onde esta Benjamim” - pergunto inspecionando a sala.

- “Hoje tem uma atividade na escola, vamos passar para buscá-lo as quatro. O que você acha de eu preparar algo rápido para comermos e depois iremos ao veterinário para que o examinem?”

Eu estou tão feliz por causa do novo integrante da família, eu afirmo várias vezes com a cabeça.

Mas tarde no veterinário, o examinaram, ele estava desnutrido. Oveterinário passou umas vitaminas, as quais eu tenho que colocar na sua água. Ele também me disse quais são os cuidados necessários para que ele não fique doente, o vacinaram, aproveitei para comprar algumas coisas para sua higiene.

Depois de tudo pronto, fomos buscar o Benjamim, que ao ver o pequeno cachorrinho ficou encantado.

- “Quero que ele se chame Blue”

Mas porque ele quer chamar o cachorro com o nome de uma cor?

- “Porque?” - eu perguntei sorrindo.

- “Porque é a minha cor favorita e o azul é lindo” - ele diz acariciando a cabeça de Blue.

- “Bom, esta bem, ele vai se chamar Blue” - ao chegar em casa passamos a tarde brincando com Blue e dando a ele o remédio que o veterinário passou.

Benjamim estava tão feliz por causa do nosso novo mascote, que não queria fazer o dever de casa.

- “Bem vamos fazer o dever de casa senão Helena vai ficar irritada, e não vai deixar mais o Blue ficar com a gente” - digo e isso só foi um incentivo para que ele fizesse o dever de casa. - “Vamos eu te ajudar, já é um pouco tarde” - eu falo bocejando, meus olhos chegam a ficar lacrimejando por causa do sono, estou um pouco cansada.

Uma soneca depois de um dia tão atarefado como o de hoje é mais do que merecida... 

Blue

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Blue

A Vingança 2 -  O anjo é um demônio (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora