A Vingança 2 - O anjo é um demônio (COMPLETO)

**Capítulo 3**

Pov. Hannah

Depois de me acalmar um pouco, pedi para que me deixasse sozinha, minha mente é um verdadeiro turbilhão, um caos total.

Não sei se Axel vai querer esse bebe. Ele fez o que fez por sua família, isso só será parte da sua vingança.

Por Deus o que eu vou fazer?

A porta do quarto se abre novamente e o jovem que acompanhava a doutora e a enfermeira entra no quarto.

Eu fico tensa quando vejo ele se aproximar de mim.

Seus gestos são sérios, seu rosto tem traços suaves, mas não me inspira confiança. Ele não gosta de mim, isso é o que eu vejo no seu olhar.

- “Sei que você é uma vítima nisso tudo” - ele olha nos meus olhos. - “Axel me pediu para que eu me desfizesse de você e do bebê” - suas palavras me deixa estática.

Morrer? Esse é o meu destino desde o princípio, deveria aceitar de uma vez por todas.

Por mais empenho que eu coloque para seguir adiante sempre volto para o mesmo lugar, dou um passo para frente e dez para trás.

A vida me dá uma segunda oportunidade, devo me desfazer dela ou aceita-la?

Eu suspiro.

- “Mas nenhum dos dois tem culpa do que aconteceu com Axel. Tão pouco é necessário que os demônios do seu passado atormentam vocês dois” - ele sinaliza minha barriga ainda plana.

Estou surpresa, isso quer dizer que ele vai me deixar livre?

- “Em caso de que você não quiser a criança ou decidir ficar com ele. Vá para longe e se for preciso mude de nome, reconstrua a sua vida. Aceite a ajuda de Helena, te darei uma quantia de dinheiro para que desapareça do mapa, para Axel a partir de hoje você está morta” - ele finaliza saindo do quarto.

Mudar de nome? Reconstruir a minha vida? Ter o bebê? Desaparecer? Isso é necessário? Valerá a pena?

As lembranças são algo típico dos seres humanos, umas são boas, outras tão horrível que as vezes a gente queria que fosse um simples caderno. Que quando se escreve algo e ficou ruim, você pode pegar uma borracha, e pronto desaparece como por magia. Mas a realidade é muito longe dos meus desejos.